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Necronomicon e a Mitologia Lovecraftiana

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Mensagem  Neo Ter Nov 15, 2011 5:04 pm

bom eu não sei se esse é o local certo para postar sobre este assunto, mas como faz parte da mitologia lovecraftiana estou postando na categoria mitologias.
mas se os adms acharem melhor em outro local fiquem a vontade para mover o tópico.


"Não está morto quem pode eternamente jazer, embora em estranhas eras até mesmo a morte virá a morrer"

Mitos de Cthulhu

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A Fabulosa e Vasta Correspondência de Howard Phillips Lovecraft

H.P. Lovecraft mantinha um volume grande de correspondência. Chegou a trocar entre 60.000 à 100.000 correspondências ao longo de sua vida e destas cartas preservam-se hoje em torno de apenas 10%. Certamente Lovecraft figura-se até hoje em umas das pessoas que mais escreveu cartas em toda a história.
Nem todos que com Lovecraft se correspondiam eram amigos seus pessoais, mas entre seus amigos mais próximos podemos falar de: Robert E. Howard (seu grande amigo), Robert Bloch, Clark Ashton Smith, August Derleth, Frank Belknap Long (outro grande amigo), Henry Kuttner e E. Hoffman Price na minha opinião, entre outros.

A Formação dos Mitos de Cthulhu

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Embora Lovecraft nunca tivesse grande reconhecimento em vida ele atraiu a admiração de muitos dos escritores que com ele se correspondiam (inclusive alguns até estabelecidos como Clark Ashton Smith). As obras que atraiam estes escritores tinham uma qualidade literária impar se aproximando dos escritos de Poe e estavam realmente muito longe do que seria por assim dizer 'popular', embora quase sempre fossem tratadas como tal. O terror de monstros e vampiros para Lovecraft era batido, ele achava que a forma máxima do terror seria o terror cósmico-científico de forte conotação psicológica - o chamado terror psicológico, onde a ambientação é que conduz ao clima assombrado e onde elementos como angustia, depressão, sofrimento e suicídio são determinantes.

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Foi esta proposta literária e o desenvolvimento tenro de uma mitologia fantástica (alguns não consideram o termo 'mitologia', pois foi algo criado), envolvendo seres monstruosos e histórias antigas, grimórios e localidades fictícias da Nova Inglaterra que atraiu a atenção destes escritores. Utilizando palavras do próprio Lovecraft, "as efabulações sobre temas mundanos e o lugar-comum não satisfazem as mentes mais criativas e sequiosas de novos estímulos". O trabalho de Lovecraft não serve para agradar às massas nem ao cidadão comum, mas apenas a um grupo mais restrito de admiradores que não se contentam com os enredos banais do dia-a-dia. Abdicando do lucro fácil que certamente teria atingido se utilizasse o seu gênio na produção de romances comerciais (ele abominava a escrita comercial), Lovecraft deixou-nos um legado espantoso de visões fantásticas e universos assombrosos. Na verdade este gênero já havia sido explorado por Lord Dunsany (idéias mitológicas), e por William Hope Hodgson (que escrevia sobre terror marinho), mas o que fez Lovecraft foi dar uma singular propriedade a este novo tipo de horror que até então não existia - pelo menos não daquela forma. É esta mitologia fantástica que foi denominada como "Os Mitos de Cthulhu".

A Divisão da Obra Lovecraftiana

Podemos dividir a obra de Lovecraft em três temas centrais:
1) Histórias sobre a Terra dos Sonhos ou "Dreamlands" (ver histórias sobre Randolph Carter).
2) Histórias típicas de terror (por exemplo o conto "A Arvore").
3) Histórias sobre o mito de Cthulhu (por exemplo o conto "Nas Montanhas da Loucura e "O Chamado de Cthulhu" - obras essências sobre o panteão mitológico).
É importante esta divisão para não acharmos que Lovecraft escreveu apenas sobre os mitos. Outro ponto a considerar é que tais histórias são contos independentes entre si, mas guardando relações. Então, mesmo em histórias sobre Randolph Carter não é incomum encontrarmos referências aos Antigos ou ao próprio livro negro Necronomicon.

O Termo "Cthulhu"

Este termo "Cthulhu Mythos" foi a concepção de August Derleth (amigo e grande admirador de Lovecraft, que trouxe primeiramente HPL até nós com a editora Arkham House), após a morte de HPL, pois segundo ele no conto "The Call of Cthulhu" (1926), foi a primeira vez que os mitos foram apresentados de forma mais coerente e abrangente. Este termo é contestado haja vista "Cthulhu" não ser a principal deidade do panteão.
É importante dizer aqui que este termo "Cthulhu" é pronunciado comumente como "kuh-THOO-loo" (em português soa algo como "ku-thu-lu", pronunciado rapidamente) por causa da pronuncia indicada no livro do famoso RPG de nome "Call of Cthulhu" da Chaosium. Entretanto, existem vários estudantes sérios de Lovecraft que preferem a pronúncia como “Cloo-loo”, justificando suas teses em referências dos contos do autor. Fora isto a discussão se estende e encontramos ainda uma série de pronuncias diferentes, mas que na prática nada, ou muito pouco, acrescentam ao termo. O próprio Lovecraft brincava com seus amigos escritores pronunciando hora de uma forma outra de outra.


Última edição por Neo em Dom Nov 20, 2011 12:14 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Dirge Ter Nov 15, 2011 5:13 pm

Muito bom Neo.


Última edição por Dirge em Seg Jun 18, 2012 12:47 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Neo Qua Nov 16, 2011 7:12 am

Os Mitos de Cthulhu - parte I (introdução)

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Estes contos da Weird Tales e outras revistas do gênero se centravam em um grupo de entidades transdimensionais e extraterrestres que serviram como deidades ao homem primitivo. Lovecraft escreveu que "Cthulhu" e os "Grandes Antigos" (Great Old Ones), como ele chamou os deuses alienígenas, vieram de estrelas escuras. Alguns viveram em um planeta que ele chamou de Yuggoth e identificou nos anos trinta com o planeta recentemente descoberto, Plutão.

Em "The Call of Cthulhu", Lovecraft dispôs os fundamentos de seu conceito mitológico. Ele disse que há muitos milênios atrás, os Grandes Antigos vieram de outros planetas e estabeleceram residência na Terra. Quando as estrelas estavam em posições erradas eles não podiam viver, assim eles desapareceram sob o oceano pacífico sul ou voltaram aos seus mundos de origem onde usaram poderes telepáticos, muitas vezes em sonhos para comunicar-se com o homem. Tema central ao mito de Lovecraft, os Antigos formaram um culto e uma religião que adorava os aliens como deuses. Nas histórias, os Antigos pairam a meio caminho entre puros extraterrestres e verdadeiros deuses, como requer o enredo. Em seu romance "Nas Montanhas da Loucura", ele escreveu que uma espécie dos Antigos criou o homem para servi-los, iniciando as primeiras civilizações humanas: Atlântida, Lemuria e Mu.


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Lovecraft usou as mitologias suméria, egípcia e grega como base para os seus semi-deuses monstruosos. Ele disse que seu deus-mensageiro Nyarlathotep era um membro do panteão egípcio - a própria esfinge ou um grande faraó. Ele identificou o peixe-deus fenício Dagon (anteriormente Oannes) como o próprio Grande Cthulhu, e assim se tornou a primeira pessoa a ligar extraterrestres a religiões antigas. É interessante notar que Dagon (figura ao lado de autoria de Jeff Remmer), é muitas vezes citado na Bíblia Sagrada nas seguintes partes para quem quiser conferir: Juízes 16:23 ("Então os chefes dos filisteus se ajuntaram para oferecer um grande sacrifício ao seu deus Dagon, e para se regozijar; pois diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos a Sansão, nosso inimigo"). Samuel 5:2-7 ("2- Tomaram os filisteus a arca de Deus, e a colocaram na casa de Dagon, e a puseram junto a Dagon. 3- Levantando-se, porém, de madrugada no dia seguinte, os de Asdode, eis que Dagon estava caído com o rosto em terra, diante da arca do SENHOR; e tomaram a Dagon, e tornaram a pô-lo no seu lugar. 4- E, levantando-se de madrugada, no dia seguinte, pela manhã, eis que Dagon jazia caído com o rosto em terra diante da arca do SENHOR; e a cabeça de Dagon e ambas as palmas das suas mãos estavam cortadas sobre o limiar; somente o tronco ficou a Dagon. 5- Por isso nem os sacerdotes de Dagon, nem nenhum de todos os que entram na casa de Dagon pisam o limiar de Dagon em Asdode, até ao dia de hoje. 6- Porém a mão do SENHOR se agravou sobre os de Asdode, e os assolou; e os feriu com hemorróidas, em Asdode e nos seus termos. 7- Vendo então os homens de Asdode que assim foi, disseram: Não fique conosco a arca do Deus de Israel; pois a sua mão é dura sobre nós, e sobre Dagon, nosso deus."), e Crônicas 10:10 ("Puseram as armas dele na casa de seus deuses, e pregaram-lhe a cabeça na casa de Dagon."). Outra coisa a falar é que chegaram mesmo a criar no mundo real uma espécie de religião de culto esotérico a Dagon.

Cthulhu é uma criação do próprio Lovecraft, e que aparece naquele que é provavelmente o seu conto mais conhecido, “The Call of Cthulhu”. Entretanto Lovecraft nunca alegou que suas histórias eram qualquer coisa além de ficção, embora fizesse parecer ser as mesma muito reais.


Os Deuses

Azathoth

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Origem do nome: do árabe Izzu Tahuti, que significa “poder de Tahuti”, provavelmente uma alusão à divindade egípcia Thoth.
Azathoth (figura acima de autoria de Keith Austin), é o “Sultão Demoníaco”, o mais importante dos deuses exteriores. Fisicamente é uma massa gigantesca e amorfa de caos nuclear, sendo incrivelmente poderoso mas completamente desprovido de inteligência. A sua “alma” é Nyarlathotep, o mensageiro dos deuses. Azathoth passa a maior parte do tempo no centro do universo, dançando ao som de deuses menores flautistas. A maior parte das suas aparições em locais diferentes deste estão relacionadas com catástrofes gigantescas, como é o caso da destruição do quinto planeta do sistema solar, que é hoje o cinturão de asteróides.

Nyarlathotep

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Origem do nome: do egípcio Ny Har Rut Hotep, que significa “não existe paz na passagem”.
Nyarlathothep é a alma e o mensageiro dos deuses exteriores. É o único deles que tem vindo a travar contatos com a humanidade, mas os seus objetivos são imperscrutáveis. Possui um inteligência inimaginável e um sentido de humor mórbido. Consegue adotar centenas de formas físicas distintas, podendo parecer um homem vulgar ou uma monstruosidade gigantesca. Especula-se que um faraó obscuro da IV Dinastia do Egito dinástico fosse Nyarlathotep “em pessoa”. A própria esfinge seria uma representação em tamanho natural de uma outra forma de Nyarlathotep. Foi o único que, com suas astúcia, escapou do castigo general, e conspira para o retorno dos seus companheiros.

Cthulhu

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Origem do nome: Deterioração pelos gregos da palavra árabe Khadhulu, que significa “aquele que abandona”. No Alcorão existe a seguinte passagem: 25:29 - “Para a Humanidade Satan é Khadulu”. O mais conhecido dos Great Old Ones e das criações de Lovecraft é Cthulhu um ser gigantesco e vagamente humanóide, com asas e tentáculos de polvo na boca. Chegou à terra milhões de anos antes do aparecimento do homem e povoou-a com a sua raça de Deep Ones, seres humanóides anfíbios. Construiu a gigantesca cidade de R’lyeh [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] (figura ao lado, no trabalho de John Coulthart), onde é hoje o oceano pacífico sul. Daí comandou o seu império, até ao dia em que as estrelas atingiram um alinhamento que o obrigou a entrar em letargia. Cthulhu dorme na sua cidade entretanto submersa por água, aguardando o dia em que a posição das estrelas lhe permita voltar à vida e de novo reinar sobre a Terra. Cthulhu é capaz de comunicar por sonhos enquanto dorme, influenciando alguns seres humanos mais sensíveis durante o sono. Diversos cultos tentam apressar o seu regresso, mas ele próprio não parece ter muita pressa. Especula-se que esta longa hibernação seja uma característica normal do seu estranho ciclo biológico.

Yog-Sothoth

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é o veículo do caos, a manifestação exterior do caos primitivo.

Hastur

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a manifestação da voz a força do caos.

Shub-Niggurath

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é o único com representação definida e humanamente acessível, é o poder dos "Grandes Antigos" manifestado na esfera terrestre, vulgarmente o deus das feiticeiras nos sabás. Fora isto em nosso planeta e em outras dimensões do espaço-tempo existem espécies de monstros associados a isto e grupos de adoradores humanos cujo propósitos é despertar a estes entes extraterrestre. Três destas raças são os Cães de Tindalos, os necrófagos de Ghouls e os adoradores de Dagon na cidade de Innsmouth.

- Elder Sign

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

'Simbolo Antigo', utilizado pelos seguidores de Cthulhu.



Última edição por Neo em Dom Nov 20, 2011 12:14 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Lucrezia Rottenstern Sáb Nov 19, 2011 12:45 am

Um ótimo tópico. Entidades e energias interessantes de serem manipuladas,principalmente pelo mistério que as cerca. Muitos dizem ser apenas criações da mente doentia de H.P. Lovecraft... mas muitos dizem que as entidades são muito mais antigas que o escritor.
O ar de mistério nisso me atrai... e a muitos roteiristas de filmes também. Inclusive um dos meus favoritos,Evil Dead,envolve o Necronomicon ex Mortiis.
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Mensagem  Neo Sáb Nov 19, 2011 6:16 am

sim ele se inspirou na mitologia sumeria para criar os deuses de certa forma os deuses ja existiam.
em breve vou postar mais informações sobre o livro necronomicon.
e foi no filme evil dead q eu conheci o necronomicon e comecei a pesquisar a respeito, esse assunto me fascina.
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Mensagem  Lucrezia Rottenstern Sáb Nov 19, 2011 11:40 am

Irei ter que pertubar você apenas um pouco Neo. Algumas das imagens que você postou não abriram aqui,tem como editar os posts para ver se elas abrem?
Eu agradeceria muito.
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Mensagem  Neo Dom Nov 20, 2011 12:11 pm

sem problemas
eu ja vejo o q posso fazer
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Mensagem  Neo Seg Nov 21, 2011 10:45 am

Cherto eu dei uma editada nos posts não sei se funcionou...

Necronomicon

Necronomicon (cena abaixo da série de filmes "Evil Dead"), quer dizer "nominação dos mortos" (Nomicon= ato de dar nome, Necro= mortos), melhor traduzindo, "Livro dos Nomes Mortos".
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As civilizações da Idade do Bronze (Antigo Egito, Mesopotâmia, Hittitas, etc...) tinham como costume escrever suas práticas funerárias em "livros" (papiro ou tábuas de cerâmica), junto com magias relativas aos mortos e invocações de deuses da morte ou do sobrenatural. Estes livros eram chamados pelos gregos de Necronomicon. Provavelmente H.P. Lovecraft tirou dai o nome de seu infame volume, este sim concebido. (nekros, mortos, corpo, cadáver, defunto); Grego - e outras variantes (onyma, nome) ou do Latin nomen (nome). A origem da primeira palavra é certa, já há quanto a segunda uma discussão de ser grega ou latim, sendo mais provável latim. O nome Necronomicon também aparece em livros de arqueologia, ocultismo e história referentes a práticas funerárias da Antiguidade, dai a grande questão se embora acredita-se que Lovecraft tenha o criado, quem realmente tem a certeza disto, pelo fato desta denominação ser anterior ao próprio Lovecraft?. A despeito do sonho do qual Lovecraft o concebeu. HPL revela numa carta que concebeu o livro a partir de um sonho. Se você quer ter um Necronomicon em casa, corra na livraria e compre o "Livro dos Mortos do Antigo Egito", "Livro dos Mortos Celta" e o "Livro dos Mortos do Tibet", mas se você não achar Lovecraft neles, não me culpe, eles foram escritos a pelo menos 5.000 anos antes de Lovecraft nascer.


Inspiração para a criação do livro

É bem pouco provável que, ao conceber a idéia do livro Necronomicon, Lovecraft tivesse imaginado o impacto que iria causar no meio esotérico, místico e religioso do futuro, principalmente com o advento da web. As discussões a respeito da existência real ou imaginária do livro se estendem até os dias atuais. Tanto que existem versões aos montes do mesmo na web, além de FAQ´s e anti-FAQ´s absurdas sobre ele; ou mesmo editadas, desde versões simples até bem elaboradas falando em uma associação de Lovecraft ao famoso ocultista Aleister Crowley . Inúmeras seitas e ordens ocultistas afirmam possuir volumes deste livro. O próprio ocultista Aleister Crowley, dizem que afirmava possuir esta obra. Suspeita-se também que Lovecraft tenha se baseado em um Necronomicon "real" para inventar o seu, dizem que ele se baseou no grimório real Liber Logaeth do Dr. John Dee (1527-1608) para isto... O fato é que Lovecraft desde garoto pesquisara na biblioteca de seu avô sobre mitologia grega, suméria, maia, etc e pode vir dai a fonte de inspiração para este livro. O próprio nome do autor imaginário do Necronomicon Abdul Alhazred, foi o apelido que adotou Lovecraft após ler As Mil e Uma Noites na referida biblioteca. Voltando ao assunto do mito que virou o Necronomicon (também conhecido como "O Livro dos Mortos"), os seguidores do ocultista, matemático e astrólogo Dr. John Dee acreditam que o mesmo teve secretamente uma cópia do Necronomicon, além do já citado Liber Logaeth. Isto, provavelmente se deve a referência que Lovecraft fez a ele num trabalho em que pretendia traçar a origem histórica deste livro. Nesta história Lovecraft mistura elementos reais da história com a ficção de tal forma detalhada.

A História do Necronomicon

O título original era Al-Azif, azif era a palavra utilizada pelos árabes para designar o som noturno (produzido pelos insetos) que, se supunha, ser o uivo dos demônios. Escrito por Abdul Alhazared, um poeta louco de Sanná, no Yemen, que se supõem ter florescido durante o período dos califas Ommiade, perto de 700 A.C. Ele visitou as ruínas da Babilônia e os subterrâneos secretos de Memphis, e passou dez anos sozinho no grande deserto do sul da Arábia - o Roba El Khaliyeh ou "Espaço Vazio" dos antigos – o deserto "Dahna" ou "Crimson" dos árabes modernos, que se supõem habitado por espíritos malignos e monstros da morte. Deste deserto coisas estranhas e inacreditavelmente maravilhosas dizem esses que pretenderam penetrá-lo. Em seus últimos anos de vida Alhazred permaneceu em Damasco onde escreveu o Necronomicon (Al-Azif) e de sua morte final ou desaparecimento (738 A.C.) se cotam muitas coisas terríveis e contraditórias. Ele é mencionado por Ebn Khallikan (biografo do século XII) conta que foi pego por um monstro invisível em plena luz do dia e devorado horrivelmente em presença de um grande número de testemunhas aterrorizadas. De sua loucura muitas coisas são ditas. Ele pretendia ter visitado a fabulosa Irem, ou Cidade dos Pilares, e haver encontrado abaixo das ruínas uma inominável cidade deserta os anais secretos de uma raça mais antiga que a humanidade. Ele era apenas um muçulmano não praticante, adorava entidades desconhecidas que ele chamava Yog-Sothoth e Cthulhu.

Em 950 A.C. o Azif, que havia circulado em secreto entre os filósofos da época, foi secretamente traduzido para o grego por Theodorus Philetas de Constantinopla com o título de Necronomicon. Durante um século e devido a sua influência provocou acontecimentos horríveis, até que foi proibido e queimado pelo patriarca Miguel. Desde então não temos mais que vagas referências do livro, mas (1228) Olaus Wormius encontra uma tradução latina posterior a Idade Média, e o texto em Latim foi impresso duas vezes – uma no século XV em letras góticas (evidentemente na Alemanha) e outrora no século XVII (provavelmente Espanha) ambas as edições existiam sem marca de identificação, e haviam sido datadas só por evidencia tipográfica. A obra (tanto latina quanto grega) foi proibida pelo Papa Gregório IX em 1232, pouco depois que sua tradução latina, fosse um poderoso foco de atenção. O árabe original se perdeu na época de Wormius, tal como indicado no seu prefácio e nunca se viu a cópia grega (que foi impressa na Itália entre 1500 e 1550) desde que se incendiou a biblioteca de um colecionador particular de Salem em 1692. A tradução feita pelo dr. Dee nunca foi impressa, e existe apenas um fragmento recuperado do manuscrito original. Dos textos latinos agora existe um (século XV) está guardado no Museu Britânico, enquanto outra cópia (século XVII) está na Biblioteca Nacional de Paris. Uma edição do século XVII está na Widener Library em Harvard, e na Biblioteca da Miskatonic University em Arkham. Além disto na Biblioteca da Universidade de Buenos Aires. Numerosas outras cópias provavelmente existem em segredo, e uma do século XV existe um rumor persistente que forma parte da coleção de um célebre milionário norte americano. Um rumor ainda vago acredita numa cópia do século XVI. O texto grego na família de Pickman em Salem; mas se isto foi assim preservado, isto desapareceu com o artista R.U. Pickman, que desapareceu cedo em 1926. O livro é severamente proibido pelas autoridades da maioria dos países, e por todo os ramos de organizações eclesiásticas. Sua leitura pode trazer terríveis conseqüências. Acredita-se pelos rumores que circulam deste livro (de que relativamente poucos dos públicos gerais conhecem). Crê-se que R.W. Chambers se baseou neste livro para sua novela “The King In Yellow”.
Cronologia
730 A.C Al Azif escrito em Damascus por Abdul Alhazred
950 A.C Traduzido para o grego como Necronomicon por Theodorus Philetas
1050 Queimado pelo Patriarca Miguel (i.e. texto grego) – Texto árabe é perdido.
1228 Olaus Wormius traduz do grego para o latim
1232... Edição latina (e grega). Proibida pelo Papa Gregório IX
14... Edição impressa em letras góticas (Alemanha)
15... Texto grego impresso na Itália.
16... Impressão hispânica do texto latino.


Citações diversas

Nos contos "The Nameless City" (1921); e, "The Call of Cthulhu" (1926), frases que se supõe do Necronomicon:

'That is not dead which can eternal lie,
And with strange aeons even death may die'.

Não está morto o que pode eternamente jazer, e após eras estranhas, até mesmo a morte pode morrer"

É importante dizer aqui também que a primeira menção a este livro em sua vasta literatura cósmica, conhecida como "Os Mitos de Cthulhu" se deu no conto "The Hound" de setembro de 1922 e publicado em fevereiro de 1924 na Weird Tales:

'Alien it indeed was to all art and literature which sane and balanced readers know, but we recognized it as the thing hinted of in the forbidden Necronomicon of the mad Arab Abdul Alhazred; the ghastly soul-symbol of the corpse-eating cult of inaccessible Leng, in Central Asia'.

Ele era com certeza muito diferente de toda arte e literatura que os leitores são e equilibrados conhecem, mas nós o identificamos com a coisa sugerida no proibido Necronomicon do insano árabe Abdul Alhazred, o medonho símbolo espiritual do culto necrofágico da inacessível Leng, na Ásia Central.


Alguns juram que o Necronomicon realmente existiu, ou existe, e que Lovecraft obteve informações sobre o livro e transferiu para suas histórias. Outros, no entanto, garantem que ele jamais existiu de fato, sendo inteiramente criação da mente do escritor, que é minha opinião.
Lovecraft ficou famoso não apenas por essa concepção, mas também por idealizar outros livros tidos como “malditos”, geralmente relacionados com os seres das estrelas, alienígenas que estiveram na Terra milhões de anos atrás, criando raças de escravos e instalando suas cidades amaldiçoadas em várias partes do planeta. Estes seres foram expulsos da terra por seres ainda mais poderosos, também vindos do espaço, e foram aprisionados em mundos paralelos ou numa tumba no fundo dos oceanos com o caso do grande Cthulhu. Este, dos oceanos. vive a se comunicar com os homens através de sonhos para que estes com o auxílio do Necronomicon e os rituais nele contidos apressem a volta deles - os demônios, mesmo antes do alinhamento estelar. Os chamados Grandes Antigos, e é sobre estes seis Grandes Antigos (Azathoth, Yog-Sothot, Nyarlathotep, Hastur, Cthulhu, Shub-Niggurath), que nos fala o maldito e temido livro Necronomicon.
Algumas pessoas dizem que o Necronomicon é um livro de magia, um grimório, mas na verdade ele foi concebido como um livro que traz os conhecimentos desses seres ancestrais, assim como a história de sua passagem por nosso planeta e fórmulas para se acessar dimensões paralelas nas quais eles continuariam existindo. E além disso todos os segredos sobre o universo e suas galáxias, o presente, passado e futuro estariam no livro - uma espécie de Bíblia negra ou do mal. A simples leitura seria capaz de levar uma pessoa à loucura; e, quando isso não acontecesse, o contato com os conhecimentos secretos inevitavelmente subverteriam a mente humana de tal maneira que a pessoa estaria condenada para toda a eternidade. Poucos seriam aqueles que não se perturbariam muito com sua leitura.

Referências

Muitas são as histórias que tratam do Necronomicon, mas a principal é "The Dunwich Horror" (1928). Fora este tem outros contos sobre o Necronomicon: “The Festival” (1923), “The Descendant” (1926), “The Call of Cthulhu” (verão de 1926), "The Case of Charles Dexter Ward" (Janeiro - 1 Março 1927), “The Last Test” (1927), “Medusa’s Coil” (Maio 1930), “The Whisperer in Darkness"(24 Fevereiro - 26 Setembro 1930), "At the Mountains of Madness" (Fevereiro - 22 Março 1931), “The Dreams in the Witch House” (Janeiro - 28 Fevereiro 1932), “The Horror in the Museum” (Outubro 1932), “Through the Gates of the Silver Key” (Outubro 1932 - Abril 1933), “Out of the Aeons” (1933), “The Thing on the Doorstep” (21 - 24 Agosto 1933), “The Shadow out of Time” (Novembro 1934 - Março 1935), “The Diary of Alonzo Typer” (Outubro 1935), e “The Haunter of the Dark” (Novembro 1935).
Nas cartas a seus amigos do "Círculo de Lovecraft" ele também menciona o livro, exemplo:
To Robert Bloch (early to mid July 1933):

As for the “Necronomicon”—this month’s triple use of such allusions is bringing me in an unusual number of inquiries concerning the real nature & obtainability of Alhazred’s, Eibon’s, & von Junzt’s works. In each case I am frankly confessing the fakery involved.
Outros livros malditos
Dentro do mito de Cthulhu existiam outros livros imaginários além do Necronomicon. Vamos falar de alguns deles brevemente, lembrando que para saber mais a respeito só mesmo lendo os livros da mitologia lovecraftiana. Também falaremos de alguns contos que contém informações e referências sobre eles, vamos a alguns:
Liber Ivonis, The Book of Eibon ou Livre d'Eibon
O autor imaginário é Caius Phillipus Faber, com sua língua original em Latim, foi traduzido para o Inglês e o Francês. É originário do séc. IX. É uma idéia de Clark Ashton Smith. Nos contos: "The Dreams in the Witch House", "The Thing on the Doorstep", "The Shadow Out of Time" e "The Diary of Alonzo Typer", existem referências a ele.
Celaeno Fragments
Dr. Laban Shkewsbury é o autor imaginário deste livro em 1915, disponível apenas em Inglês. O livro é atribuído a August Derleth.
G’harne Fragments
O autor imaginário é Sir Amery Wendy-Smith, disponível apenas em Inglês, editado em 1919. É referido a Brian Lumley.
The King in Yellow
Autor imaginário desconhecido. Tem-se apenas em Inglês e foi editado em 1895, até o ano de 2009 não foi ainda editado no Brasil. É um trabalho de Robert Chambers que teve um sucesso muito grande no passado, mas que hoje praticamente desapareceu. É mencionado em "History of the Necronomicon".
Pnakotic Manuscripts (or Fragments)
Invenção de Lovecraft, embora encontrei atribuições a este livro como sendo criado por Robert Chambers (quem souber o certo me avise). Foi editado no século XV e tem a disposição apenas a versão em Inglês. Nos contos: "The Other Gods" e "The Dream-Quest of Unknown Kadath", existem referências a ele.
Cult des Goules
O autor imaginário é Comte d'Erlette em 1702, em Francês. Por causa dos ancestrais franceses de Derleth (chamado D'Erlette). É mencionado raras vezes: "The Shadow Out of Time", "The Haunter of the Dark". Aqui há uma dúvida se é Robert Bloch ou Derleth o idealizador, mas é mais provável que seja Derleth.
De Vermis Mysteriis
O autor imaginário é Ludvig Prinn em 1542. Este nome em latim é de Lovecraft. Originalmente Robert Bloch, que foi quem o concebeu chamava-o de "Misteries of the Worm". É mencionado em "Shadow Out of Time", "The Diary of Alonzo Typer", "The Haunter of the Dark".
The Eltdown Shards
Criação de Richard F. Searight, um dos principais correspondentes de Lovecraft.
The Book of Iod
"Bells of Horror" foi o livro de Henry Kuttner publicado em 1939 onde foi citado pela primeira vez este livro.
Seven Cryptical Books of Hsan
Mencionados em conjunção com os Pnakotic Manuscripts (or Fragments).
The People of the Monolith
O autor imaginário é Justin Geoffrey em 1926. É mencionado em "The Thing on the Doorstep" e no conto de "The Black Stone" de Robert E. Howard. É uma criação de Robert E. Howard.
Unaussprechlichen Kulten, Black Book, or Nameless Cults
O autor imaginário é Friedrich von Junzt. É uma concepção de Robert E. Howard no seu conto "The Children of the Night" (1931). Existe uma dúvida se a criação é de 31 ou 39, mas deve ser de 31. No próximo ano Lovecraft deu-lhe um título alemão e autor - "Ungenennte Heidenthune". Este título foi renegado, pois era de difícil pronuncia. Finalmente August Derleth mudou para sua forma definitiva que significa em português: "Culto Impronunciável". É mencionado em "Out of Aeons".

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Mensagem  Neo Seg Nov 21, 2011 11:22 am

Filmes sobre o Necronomicon

Evil Dead

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Evil Dead no Brasil recebeu o nome de "A Morte Do Demônio"
• Direção: Sam Raimi
• Roteiro: Sam Raimi
• Gênero: Fantasia/Suspense/Terror
• Origem: Estados Unidos
• Duração: 85 minutos
• Tipo: Longa-metragem
• Ano:1981

• Sinopse:

Cinco amigos viajam para uma cabana no meio da floresta em busca de diversão, mas acabam encontrando o Livro dos Mortos - Necronomicon - e libertando o Demônio. Agora os amigos de Ash estão se tornando, um a um, zumbis, e ele mesmo deve lutar para sobreviver, em um cenário bizarro e desesperador.
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Evil Dead 2

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"Evil Dead 2 " em português "Uma Noite Alucinante 2"
• Direção: Sam Raimi
• Roteiro: ?
• Gênero: Fantasia/Suspense/Terror
• Origem: Estados Unidos
• Duração: 85 minutos
• Tipo: Longa-metragem
• Ano: 1987

• Sinopse:
Uma espécie de meio-termo entre sequência e refilmagem de A Morte do Demônio. Ash continua aprisionado na floresta perseguido pelo espírito malígno do primeiro filme. Ele deverá fazer de tudo para sobreviver mais uma noite no inferno dentro da floresta, enquanto faz de tudo também para não enlouquecer.
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Evil Dead 3

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Título Original: Army of Darkness
Ano: 1992
Origem: EUA
Duração: 81 minutos
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Sam Raimi e Ivan Raimi
Produção: Bruce Campbell, Dino De Laurentiis e Robert G. Tapert
Estúdio: Dino De Laurentiis Company
"Evil Dead 3" no Brasil "Uma noite alucinante 3"

Ash (Bruce Campbell) é enviado para o ano 1300 A.C., por ser considerado o profeta que encontrará o livro dos mortos e livrará a população do terror dos Deadites. Porém antes que as pessoas saibam o real objetivo de sua viagem ele é capturado, por ser considerado um espião de um reino rival. Após se libertar, Ash parte em busca do livro. Ao encontrá-lo ele diz as palavras erradas, de forma que possa retornar ao presente. Só que esta tentativa desperta o exército dos mortos, que tem como líder uma contraparte do próprio Ash.
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Os efeitos e as maquiagens são horríveis comparados aos de hoje mas são filmes clássicos.

"Necronomicon - The Book of the Dead"

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Tem também o filme: "Necronomicon - The Book of the Dead" - 1994. Traz Lovecraft como personagem do filme. Ele vai a biblioteca duma ordem religiosa em busca do Necronomicon e inventa uma história para os monges dizendo que apenas vai pesquisar livros para seus escritos. Ao ler o Necronomicon ele faz anotações e nos é contado três histórias: The Drowned, The Cold, Whispers. Fora isto a história principal se desenrola. Os efeitos especiais deixam um pouco a desejar, mas o filme não decepciona.
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Última edição por Neo em Ter Nov 22, 2011 9:27 am, editado 4 vez(es)
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Mensagem  Lucrezia Rottenstern Seg Nov 21, 2011 7:44 pm

A trilogia Evil Dead é simplesmente indescritível. Está na lista dos meus filmes favoritos!
Aliás o filme em preto e branco e mudo chamado "Call of Chtulhu" é impressionante para tão poucos efeitos. Vale a pena procurar.

Mas falando do Necronomicon em si,os "fakes" criados por autores como D. Tyson,Crowley e outros ajudarma a criar um caos ainda maior sobre o livro. Ele acabou começando como a narrativa dos pesadelos do menino doente Lovecraft e terminou como uma das maiores lendas urbanas do Ocultismo.
O livro em si,tanto os fakes quanto os ditos originais não são grande coisa. Algumas das entidades ali descritas não são antigas e foram "criadas" apenas com a OED (Ordem Esotérica de Dagon) e outros grupos caoístas. Mas a idéia contida no tomo é tão... inspiradora que ele mesmo termina sendo um exemplo de grimório e uma inspiração para rituais impressionante.
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Mensagem  Neo Ter Nov 22, 2011 9:25 am

Arkham
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Trata-se duma pequena cidade universitária perto de Boston, na Nova Inglaterra (figura a esq., ilustração de Batman Arkham Asylum). Atravessada pelo rio Miskatonic, é nela que vivem muitos dos heróis das histórias de Lovecraft. Aliás, a Miskatonic University é palco de muitas de suas aventuras. Fundada por pioneiros ingleses da colonização do continente americano, Arkham é assombrada pelas memórias do tempo das bruxas de Salem e dos ritos sombrios. Alguns dos sótãos desta cidade ocultam ainda hoje segredos terríveis.


Innsmouth

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Pequena cidade portuária onde viveriam os Depp Ones, seres anfíbios e servidores do grande deus Dagon. A cidade foi dominada e aos poucos a população foi tomando forma marinha, além de atraírem outros para o lugar amaldiçoado.
A primeira vez que esta cidade foi mencionada foi no conto "Celephais" de 1920. Segundo consta Innsmouth ficaria no Estado de Massachusetts. Acredita-se que esta seria uma versão para o mito de Cthulhu da cidade de Newburyport, que também fica localizada neste Estado citado.

Fungos de Yuggoth

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Ainda antes da descoberta oficial de Plutão, o último planeta do sistema solar, já Lovecraft escrevia sobre Yuggoth, um pequeno planeta sólido com a sua órbita exterior à de Neptuno. Yuggoth é a terra natal de uma raça de criaturas terríveis, os Fungos de Yuggoth, que são seres insectóides da dimensão de um homem com a capacidade de voar através do vácuo inter-planetário, e donos de uma tecnologia incrivelmente avançada. Os Fungos de Yuggoth vagueiam por todo o sistema solar, incluindo a Terra, com propósitos desconhecidos.
Os mi-go são uma raça totalmente alienígena para os padrões humanos. Seu corpo extraterrestre é composto de uma estrutura atômica que vibra constantemente como se não estivesse inteiramente em nossa realidade.

A analogia mais próxima para descrever a aparência geral dos mi-go é compará-los a crustáceos terrestres (caranguejos ou lagostas), dotadas de dez pernas dispostas em dois conjuntos de cinco, distribuídas ao longo do flanco inferior. O dorso que pode medir entre 1.20 m e 1,80 m é envolto por uma estrutura quitinosa de coloração perolada rósea cuja função é proteger a parte posterior até a cabeça como uma casca ou exoesqueleto.

Essa proteção é trocado várias vezes ao longo da vida de um espécime adulto, crescendo em camadas por baixo daquela que será descartada. Indivíduos mais jovens possuem um exo-esqueleto mais claro, enquanto os mais velhos podem ter uma coloração rósea mais acentuada. Abaixo da quitina protetora a "carne" dos mi-go é esponjosa semelhante a um fungo. Ela é fria ao toque e não parece pertencer a um ser vivo.

Os mi-go são equipados com um par de asas semelhantes a de morcegos em seu dorso. Essas asas finas dobráveis são feitas da mesma estrutura quitinosa que cobre seus corpos. Elas são vigorosas o bastante para erguer o mi-go do solo e sustentar o vôo de um indivíduo a uma velocidade de até 80 Km/h e com uma autonomia de várias horas. Os mi-go voam de forma desengonçada na atmosfera terrestre, mas esse é seu meio preferido de locomoção, mesmo quando tem de percorrer uma curta distância. Assim como as placas dorsais, as asas são naturalmente descartadas de tempos em tempos e substituídas por outras novas.

As pernas dos mi-go são frágeis e terminam em pinças que funcionam como dedos. Os dois braços principais possuem pinças maiores semelhante a garras de lagostas, os demais membros são usados para andar e apoiar o corpo. Estas pernas traseiras são dotadas de micro-filamentos que permitem a aderência em superfícies lisas como acontece com insetos terrestres. Isso lhes permite escalar paredes verticais e se fixar no teto.

As pinças frontais possuem terminações nervosas que permitem agarrar objetos e realizar trabalhos manuais delicados e que exigem precisão como, por exemplo, segurar um bisturi cirúrgico. Os mi-go possuem uma infinidade de objetos que são manipulados por meio tactil.

Uma parte interessante da anatomia dos mi-go é a cabeça elipsóide composta por diversos gomos semelhantes a esporos. Essas estruturas correspondem ao sistema nervoso central e são responsáveis pelas terminações neurais.


Para um ser humano é praticamente impossível compreender o funcionamento da mente de um mi-go. O processo em que ela opera é baseado apenas em causa e efeito, os mi-go eliminam de sua memória todas informações desnecessárias retendo apenas aquilo que é extritamente necessário. Sua mente funciona apenas com um encadeamento de idéias e é incapaz de operar saltos de lógica e fazer uso do que nós conhecemos como criatividade.

A cabeça é recoberta por filamentos finos como cabelos que formam novelos fotosensíveis. Os mi-go se comunicam através de súbitas mudanças de cor nesses filamentos e conseguem compreender um aos outros usando padrões cromáticos com nuances mínimas, imperceptíveis aos sentidos humanos.

Embora não tenham olhos, eles são bastante sensíveis a claridade percebendo-a através da pele. Eles procuram evitar a luz direta do sol saíndo de seus redutos apenas à noite. Seu mundo é perpetualmente escuro e eles não se familiarizam com fontes luminosas naturais ou artificiais.

A base da cabeça dos mi-go (aquilo que poderíamos chamar de pescoço) possui uma rudimentar estrutura bucal arredondada que pode ser alterada cirurgicamente para permitir comunicação vocal. O som da voz dos mi-go se se assemelha a um sussurro ou zumbido. Eles não possuem ouvidos mas captam distorções sonoras através de ondas. Eles são plenamente capazes de aprender idiomas humanos e se comunicar dessa forma com interlocutores.

Os mi-go podem projetar seus pensamentos em uma espécie de telepatia, forma de comunicação usada à distância entre as criaturas. Essa modalidade de comunicação pode ser usada em seres humanos, mas os resultados tendem a ser imprevisíveis. Aparentemente o contato direto entre o cérebro humano e a mente alienígena dos fungos pode deixar sequelas. Estudos dessa natureza foram conduzidos pelos mi-go em espécimes humanos capturados. Como resultado a maioria desenvolveu surtos psicóticos graves.

Internamente o corpo dos fungos é muito simples. Eles não precisam respirar e o sistema circulatório que transporta uma espécie de linfa transparente por cânulas finas é bombeado por um coração de dois átrios localizado no abdomen. O sistema digestivo é muito simplifiado, os fungos de Yuggoth não são capazes de processar alimentos terrestres e carecem de comida trazida de suas colônias espaciais. Os alimentos tem a concistência de uma pasta cujos nutrientes são absorvidos através da aplicação na pele. O sistema escretor é modificado em indivíduos adultos que reservam o material a ser descartado em sacos internos que depois são removidos cirurgicamente.

O sistema reprodutor é atrofiado pela ausência de motivação sexual. Os fungos são naturalmente hermafroditas e sua reprodução é assistida com material genético recolhido e processado em laboratórios. Curiosamente esse procedimento é realizado em cerimônias de cunho religioso devotadas a Shub-Niggurath.

Depois de ser colhido, o material genético na forma de ovos é estocado em grandes tanques com líquido seminal e estimulado artificialmente. As crias se desenvolvem nesses tanques incubadoras até atingirem a juventude (o que leva alguns anos terrestres). Nesse momento a pupa é retirada do tubo e permance agarrada a indivíduos d euma casta específica que servem de babás. Os filhotes permanecem dessa forma até o aparecimento das asas que marca a entrada na idade adulta.

Animais terrestres instintivamente temem os mi-go, talvez por reconhecer que sua natureza é totalmente adversa dos seres normais. Animais domésticos se comportam de maneira arredia quando os alienígenas estão próximos como se sentissem uma presença incomum. Os mi-go emanam um odor característico descrito como frutos apodrecidos e quando estão próximos, seres humanos podem sentir a tênue vibração atômica de seus corpos. Esse efeito causa uma sensação inquietante nas pessoas.

A estrutura atômica dos mi-go tende a se decompor completamente quando o indivíduo morre. Com o cessar das vibrações os restos começam a sofrer um acelerado processo degenerativo que culmina com a dissolução total poucos minutos após a morte. Da mesma forma a vibração atômica torna quase impossível capturar os mi-go em fotografia ou filmagem. O processo de revelação e emulsão fotográfica é incapaz de registrar os mi-go claramente. Talvez por essa razão seja tão difícil obter evidências das atividades dos mi-go.

A estrutura social dos mi-go é destituída de qualquer traço de individualismo. Seus membros executam tarefas pré-determinadas como zangões em uma colméia, e a realização dessas tarefas é executada com precisão por cada indivíduo como engrenagens de uma máquina.

A avançada medicina dos mi-go é usada para construir diferentes castas ocupacionais com suas especificidades, incluíndo soldados, operários e cientistas, cada qual com suas características próprias. Soldados por exemplo, tendem a ser maiores e com garras mais desenvolvidas, operários possuem um abdomen maior e braços vestigiais mais fortes para carregar peso e assim por diante.

O conceito de indivíduo é desconhecido e as realizações de um são compartilhadas com toda a coletividade. O principal propósito do coletivo é absorver conhecimento e acumular sabedoria científica custe o que custar.


Miskatonic University

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Palco de muitas histórias e de pesquisadores interessados no além. Acredita-se ter sido inspirada, ou ser a própria Brown University. Local onde estaria uma das cópias do livro maldito Necronomicon.





Existe bastante polemica sobre se os "Mitos de Cthulhu" podem ser considerados uma verdadeira mitologia, ou mesmo uma pseudo-mitologia. Tendo todas as características de qualquer outra mitologia, desde um panteão de deuses a um conjunto de lendas (os contos de Lovecraft e outros), foram criados de uma forma perfeitamente artificial e intencional por um conjunto restrito de escritores. Não tiveram a sua gênese nas tradições e crenças de uma civilização, como seria normal numa mitologia. As obras desta mitologia fazem constantemente referências a elementos presente em outros livros, por isto é muito comum vermos termos como: Arkham (a principal cidade-palco de suas histórias), Mistakatonic University, a vila portuária mal assombrada de Innsmouth, e outras coisas mais presentes em muitas de suas histórias. August Derleth, autêntico embaixador da obra de Lovecraft e defensor da idéia de considerar "Os Mitos de Cthulhu" uma mitologia, tentou de certa forma a sua sistematização. Procurou determinar que contos de Lovecraft e outros pertenciam aos mitos, e esclarecer aspectos focados de uma forma vaga e imprecisa nessas histórias. Chegou a pretender associar algumas entidades dos mitos com os quatro elementos naturais: ar, água, terra e fogo.
Lin Carter, no seu ensaio “Deamon-Dreaded Lore”, considera que este tipo de sistematização é negativa na medida em que faz desaparecer o fator que considera mais importante nas histórias de Lovecraft: o medo do desconhecido e do incompreensível. Na sua opinião Lovecraft descreve de forma vaga muitos aspectos dos mitos propositadamente, para criar uma aura de mistério e tensão. Os contos de Lovecraft abordam freqüentemente o confronto de seres humanos com realidades e desígnios totalmente alienígenas, e que são para eles compreensíveis.
De forma um pouco marginal ao núcleo central do seu trabalho, e sob a influência de Lord Dunsany, Lovecraft escreveu algumas histórias oníricas, passadas numa dimensão de sonhos, as chamadas "Dreamlands". A história central deste ciclo é “Os Sonhos a Procura da desconheçida Kadath” e narra as aventuras de Randolph Carter (alter-ego de Lovecraft e seu grande personagem de muitos trabalhos), um homem que quando sonha se vê transportado para um outro plano de existência, semelhante a uma terra medieval povoada de criaturas fantásticas. "Dreamlands" são aparentemente um lugar de paz e tranqüilidade, habitado por criaturas próprias do imaginário infantil. Este sonho pode por vezes transformar-se em pesadelo, dando lugar aos mais horríveis monstros e criaturas. Embora de uma forma dispersa, Lovecraft estabelece algumas relações entre estes lugares e o corpo central dos mitos.
Alguns contos de Lovecraft definitivamente não fazem parte dos mitos como por exemplo "A Arvore" e "Os Gatos de Ulthar", mas que não deixam de forma algum de ter um excelente qualidade.
Existem ainda alguns paralelismos que podem ser traçados entre a vida de Lovecraft e alguns aspetos dos mitos. Desde muito pequeno que Lovecraft gostava de ler as “Mil e Uma Noites”, fascinando-o especialmente um personagem árabe misterioso. A analogia com o Necronomicon e Abdul Alhazared é inevitável, tanto que era por este nome que ele gostava de ser chamado quando criança. A sua repulsa por peixe e comida marinha faz lembrar “A Sombra sobre Innsmouth”, onde a decadente população da cidade pesqueira de Innsmouth tem estranhas relações com os Deep Ones, anfíbios humanóides que imitem um repugnante odor de peixe. Falando nisto tem um filme muito interessante sobre Lovecraft que se chama "Dagon" ele é baseado no conto de mesmo nome e na "A Sombra sobre Innsmouth", principalmente... é um dos poucos filmes bons, dando um boa idéia dos mitos.

O Fim do Círculo de Lovecraft ou Círculo dos Mitos

Os vários autores dos mitos seguiam um acordo tácito de criar nas suas histórias um ou dois deuses exteriores, um Great Old One, um tomo arcano e uma cidade assombrada por cultos obscuros e lendas sombrias. Com pequenas variações, os diversos elementos do círculo cumpriam as “regras do jogo” ao escrever para "Os Mitos de Cthulhu".
Era muito freqüente os membros do círculo “brincarem” uns com os outros colocando referências a outros autores dos mitos de uma forma mais ou menos explícita nas suas histórias. Em 1935 Robert Bloch pediu autorização a Lovecraft para o utilizar como personagem principal num conto. Lovecraft concorda e Bloch torna-o o herói em “O Bamboleiro das Estrelas”, matando-o no fim da história às mãos de um monstro alienígena. Lovecraft obtém a sua vingança “matando” Robert Blake, um alter-ego de Bloch em “The Haunter of Dark”. O autor do tomo “Cultes des Goules” imaginado por Bloch, Comte D’Erlette, é uma alusão clara a August Derleth. O nome Klarkash-Ton, de alto-sacerdote da Atlântida num trabalho de Lovecraft, constitui uma paródia a Clark Ashton Smith. Vários outros exemplos poderiam ser citados…
Edmund Wilson criticou e ridicularizou mesmo Lovecraft por este usar muita adjetivação na sua escrita. Era considerado que um bom conto de ficção não deveria socorrer-se de muita adjetivação, mas que os próprios acontecimentos e descrições é que deviam sugestionar o leitor. Se uma visão é horrível, o próprio leitor deveria aperceber-se disso, nunca deveria explicitamente ser dito: “a visão é horrível”. O que é fato é que tanto Lovecraft como diversos dos seus seguidores mantiveram sempre o uso de adjetivação muito rica, o que se tornou uma característica distintiva dos contos dos mitos. Em sua defesa Robert Price considera que estes adjetivos podem ter um efeito quase hipnótico no leitor, despertando a sua própria noção dos conceitos que encerram e inflamando a sua imaginação.
A morte de Lovecraft constituiu um choque para os elementos do círculo, assim como uma surpresa, visto que este não lhes tinha dado qualquer indicação na sua correspondência de que estivesse doente. Este acontecimento causou uma quebra temporária no trabalho relacionado com os mitos. Citando Robert Bloch, “o jogo tinha perdido toda a piada”. Nos anos 40 e 50, Robert Bloch, August Derleth e outros continuaram a escrever histórias dos mitos. Em 1964 Ramsey Campbell, um jovem escritor britânico, dá a sua contribuição com o apoio de Derleth. Em 1971 ainda outro britânico, Brian Lumley, junta-se ao grupo. O círculo não morrera verdadeiramente com Lovecraft, subsistindo de uma forma muito dispersa até aos dias de hoje.
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Mensagem  MAGGOBRANCO Ter Nov 22, 2011 10:15 am

Gente... sem palavras!!! Brilhante, magnífico, esplendoroso tópico!!!
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Mensagem  Dirge Ter Nov 22, 2011 11:02 am

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Mensagem  Lucrezia Rottenstern Ter Nov 22, 2011 1:33 pm

De fato um tópico ótimo sobre um tema brilhante...
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Mensagem  Neo Qua Nov 23, 2011 7:59 am

HP Lovecraft

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Howard Phillips Lovecraft (Providence, EUA, 20 de agosto de 1890 - ibid, 15 de março de 1937) foi um escritor americano, autor de romances e contos de horror e ficção científica. Howard Phillips Lovecraft (Providence, EUA, 20 de agosto de 1890 - ibid, 15 de março de 1937) foi um escritor americano, autor de romances e contos de horror e ficção científica. Ele é considerado um inovador na história de terror, que trouxe a sua própria mitologia (o Cthulhu Mythos),
desenvolvido em colaboração com outros autores e continua em vigor. Sua obra é um clássico do horror cósmico materialista, uma corrente que se afasta o tradicional horror sobrenatural temas (Ghosts satanismo), incorporando elementos de ficção científica (raças alienígenas, viagens no tempo, outras dimensões). Ele também cultivou a poesia, ensaios e literatura epistolar nome de Lovecraft é sinônimo de ficção de horror, seus escritos, particularmente os Mitos de Cthulhu, influenciaram os autores de ficção em todo o mundo, e podemos encontrar elementos Lovecraftian novelas, filmes, música, videogames, quadrinhos e desenhos animados. Por exemplo, os vilões de Gotham City em Batman são trancados em Arkham Asylum, Arkham, uma invenção de Lovecraft. Muitos escritores modernos de horror como Stephen King, Little Bentley, R. Joe Lansdale, para citar alguns, têm citado Lovecraft como uma de suas mais importantes influências. Lovecraft era um escritor relativamente desconhecido em seu próprio tempo. Enquanto suas histórias tinha um lugar em publicações como Weird Tales, muitas pessoas não sabiam o seu nome. No entanto, ele manteve correspondência regular com outros escritores contemporâneos como Clark Ashton Smith e Derleth agosto, as pessoas que se tornaram seus amigos, mesmo que nunca não conheceu pessoalmente. Este grande grupo de escritores se tornou conhecido como o Círculo " Lovecraft "porque emprestado elementos das histórias de Lovecraft - livros com nomes misteriosos perturbador panteões de deuses estranhos, como Cthulhu e Azathoth, e lugares como Arkham Miskatonic e - para usar em suas próprias histórias (com a bênção e encorajamento Lovecraft). Tem sido sugerido que era os esforços do Círculo de Lovecraft - especialmente agosto Derleth -. Aqueles que evitaram o nome e as histórias de Lovecraft desaparecer completamente no escuro Não há maior fortuna do mundo, eu acho, que a incapacidade da mente humana correlacionar tudo o que nela há. Nós vivemos em uma ilha de ignorância plácida, rodeada de mares negros do infinito, e é o nosso destino para fazer viagens longas. Ciência, que seguem seus próprios caminhos, não ter causado danos muito até agora, mas um dia a união destes conhecimentos dissociados irá abrir para a realidade, ea fraca posição que ocupa, uma perspectiva terrível louco antes da revelação, ou fugir da luz mortal, retirando-se para a segurança ea paz de uma nova era de trevas.
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Mensagem  Lucrezia Rottenstern Qua Nov 23, 2011 2:02 pm

Diziam que o Lovecraft tinha problemas. Suas criaturas bizarras sairam dos pesadelos que ele tinha na infância e adolescencia. Ele costumava ter sonhos bem ruins pois sentia dores recorrentes a noite em razão de uma gastrite. Acabou virando uma pessoa tímida,reservada e que evitava muito contato social...
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Mensagem  Neo Qua Nov 23, 2011 4:08 pm

e disso nasceu um gênio.
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Necronomicon e a Mitologia Lovecraftiana Empty muito bom,

Mensagem  Convidad Qua Nov 30, 2011 5:42 pm

Evil Dead era um filme muito tosco e por isso MUITO BOM!
Lembro de vê-lo quando era pequeno, e lembro de suas continuações!

Era algo bem esquisofrênico e bem insano!


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Mensagem  Lucrezia Rottenstern Seg Dez 05, 2011 2:52 pm

Shamash Lykaion escreveu:Evil Dead era um filme muito tosco e por isso MUITO BOM!
Lembro de vê-lo quando era pequeno, e lembro de suas continuações!

Era algo bem esquisofrênico e bem insano!


Acho que por isso me identifico tanto com ele... hehehhell
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Mensagem  Podoto Qui Jun 21, 2012 2:14 pm

Como fã de HP Lovecraft, eu só tenho elogios para este tópico.
Parabéns! Very Happy
Não sei se conhecem, mas tem um vídeo no You Tube que poderia ser colocado em algum tópico de humor. (Peço aos moderadores que quisem, o façam.) Mas eu acho que deve enriquecer este tópico, mesmo sendo hilário...

Espero que gostem...
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Mensagem  Neo Qui Set 20, 2012 9:23 am

OS DEUSES & MONSTROS

HASTUR, O rei em amarelo
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É aquele, cujo nome não deve ser pronunciado, viaja através do espaço.
Seu culto é bastante comum na terra, e os abomináveis Tchos-Tchos são alguns de seus filhos.
"Ouça a voz do terrivel Hastur, escute o suspiro que aflige o curso louco do último vento, que turbilhona tenebrosamente entre as estrelas silenciosas.
Escute o seu uivo que emerge das entranhas da terra por entre suas presas de serpente.
Ele cujo troar constante preenche os céus antigos de Leng, e ainda permanece oculto.
Seu poder assola a floresta e pulveriza as cidades, mas ninguém conhecerá a mão que bate e a alma que destrói, pois Aquele que é Maldito avança, sem rosto e sua forma ainda é desconhecida pelos homens.
Então nas horas sombrias escute sua vós, responda ao seu apelo chamando-o.
Curve-se e clame a sua passagem, mas não pronuncie seu nome em vós alta."
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Nyarlathotep
O caos rastejante
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Nyarlathotep difere dos outros seres em numerosos
sentidos. A sua maioria está exilada nas estrelas, como
Yog-Sothoth e Hastur, ou a dormir e a sonhar como
Cthulhu.
Nyarlathotep, por sua vez, é ativo e frequentemente
caminha pela Terra sob a forma de um ser humano,
normalmente como um homem alto, esguio e alegre.
Tem "mil" outras formas, na sua maior parte tidas como
sendo loucamente horrorosas.
"Ouço o Caos Rastejante que clama além das estrelas.
Criaram Nyarlathotep que seria seu mensageiro e vestiram no
de Caos para que sua forma esteja sempre oculta entre
as estrelas.
Quem conhecerá o mistério de Nyarlathotep? Ele é a mascara e a vontade Daqueles que existem desde o começo dos tempos.
É o sacerdote do Éter, Aquele que reside nos Ares e possui numerosas faces de
que ninguém se recordará.
As vagas gelam diante dele, os deuses temem Seu chamado.
Ele murmura nos sonhos dos homens e,
contudo, quem conhece Sua forma?



Y’golonac
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Vive debaixo da terra entre enormes ruínas. É uma figura
amorfa, inchada e acéfala. Guarda consigo uma terrível luz
que contorna todo o seu corpo.
Enorme e nu, com bocas nas mãos de onde vertem sua
baba, busca neuroticamente com passos trêmulos, pessoas
pervertidas pelo mal e pelo pecado para possuí-las e depois
absorve-las.
Até mesmo os servos do Cthulhu não se atrevem a falar de
Y'golonac; pois ainda chegará o tempo quando Y'golonac
avançará sobre a eterna solidão e andará mais uma vez
entre os homens.
Além do abismo, durante a noite uma passagem
subterrânea leva para o outro lado do muro, de onde se
ergue Y'golonac para ser servido pelas figuras esfarrapadas
e sem olhos que habitam a escuridão.
Ele dormiu durante eras dentro do muro.
E aqueles que rastejaram por entre as pedras, passaram
através de seu corpo, sem ao menos perceber sua presença.
Porém toda vez que seu nome é falado, ou lido, ele se
ergue para ser adorado. Ou para se alimentar da alma, e
tomar a forma de quem se alimenta.
Y'golonac é um Grande Antigo e é o deus da perversão e
depravação - e não apenas das "pequenas" perversões ou
depravações humanas, mas qualquer uma que possa ser
concebida por um ser pensante (sã ou não). Seu
comportamento é muito semelhante ao de Nyarlathotep,
mas ele é muito mais perverso e sádico.
Y'golonac está preso dentro de um muro de tijolos em
ruínas desconhecidas. Sua verdadeira forma é incerta, mas
quando ele possui um hospedeiro humano para se
manifestar, ele aparece como um homem grotescamente
obeso, sem uma cabeça ou pescoço, com bocas na palma
das mãos.
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é claramente capaz de compreender os seres humanos, a
ponto de ser capaz de conduzir uma conversação através
do idioma de seu hospedeiro humano. Y'golonac procura
homens cultos e perversos para se tornarem seus
servos. Quando Y'golonac é convocado, ele se oferece para
conceder ao invocador a duvidosa honra de se tornar seu
sacerdote, ou simplesmente mata-lo por comida.
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Mensagem  Neo Sáb Set 22, 2012 8:53 am

Shantak
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"Aquelas formas aladas não eram quaisquer pássaros ou
morcegos, já que eram maiores que um elefante e tinham
cabeças como as de um cavalo. Em vez de penas, tinha
escamas muito escorregadias.
Eram os pássaros Shantaks de fama sombria."

A Shantak é uma criatura, escamosa, um enorme pássaro
com asas de morcego, pele viscosa, e duas garras fortes
que mora nos locais frios da Terra dos sonhos. Shantaks às
vezes são convocados para servir como cavalos.

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Profundos
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Sua cor predominante era um cinza esverdeado, mas
possuía uma barriga branca. Eram úmidos e lisos, mas
suas colunas eram espinhosas.
Suas formas eram meramente antropóides, enquanto suas
cabeças eram de peixes, com grandes olhos, salientes, que
nunca fecham. Ao lado do pescoço tinham guelras
latejantes e pés palmados e tinham longas garras.
Não possuía uma única forma para andar, as vezes
andavam de pé, mas as vezes se utilizavam-se das quatro
patas. Sua voz rouca uivava, claramente para uso de uma
articulada forma de expressar.
Apesar de poderem viver para sempre, são vulneráveis e
podem também morrer por meios violentos.
Eles vivem em água salgada, nunca em água doce, e
podem se locomover de forma livre na terra, embora seja
raro.
Sua imortalidade os leva a crescer em estatura em força ao
longo dos anos. Então os mais velhos são maiores e mais
fortes, e é ainda mais raro saírem na superfície.
É comum que os profundos negociem com pequenas
cidades costeiras.
Em troca de sacrifícios, lhes dão uma boa pesca o ano
inteiro.
Mas depois de um tempo exigem a procriação entre as
duas espécies. O fruto desta relação gera um bebê humano
que ao longo dos anos sofrerá uma metamorfose que o
transformará em um profundo. Essa mudança ocorre
geralmente na meia idade, mas isso varia de individuo para
individuo. Quando a transformação começa, os olhos
ficam vidrados, a pele fica úmida, as orelhas ficam
menores e a cabeça mais fina. Assim que nascem as
guelras se tornam imortais e vão viver no fundo do
oceano.

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Mensagem  Neo Sáb Set 22, 2012 8:55 am

Ithaqua
O wendigo
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À espreita no deserto segue os viajantes para capturá-los.
Suas vítimas são encontradas semanas ou meses depois
congelados, com a aparência de que tenham caído de uma
grande altura, faltando partes importantes de seus corpos e
com expressões de muita dor em seus rostos.
O Culto de Ithaqua é pequeno, mas ele é muito temido no
extremo norte. Alguns temerosos habitantes da Sibéria
e do Alasca muitas vezes deixam sacrifícios para Ithaqua
não como adoração, mas como uma trégua para não
serem atacados. Aqueles que se juntam o seu culto ganham
a capacidade de não serem afetados pelo frio.
Uma raça chamada de Choigor é conectada a Ithaqua, como servos, adoradores e guias,
indicando-lhe vítimas perdidas na neve.
Se estiver a uma distância menor que algumas dezenas
de metros, Ithaqua poderá se utilizar de poderosas
rajadas de vento para arrancar suas vítimas do solo e trazelas
até ele.
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Atlach-Nacha
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Atlach-Nacha se assemelha a uma aranha enorme com
uma cara quase humana. Ele mora em uma gigantesca
caverna no interior do Monte Voormithadreth, uma
montanha do reino da Hiperbórea que atualmente se
encontra perdida no Ártico. Lá ele tece uma gigantesca teia
unindo em um enorme abismo a Terra dos Sonhos e o
mundo desperto. Alguns acreditam que quando a teia
estiver completa, o fim dos tempos terá inicio, porque a
Terra dos Sonhos e o mundo desperto estarão conectados
permitindo que monstros que habitam do outro lado
passem livremente para este.
Por causa de sua aparência, Atlach-Nacha é considerado
o Deus Aranha e acredita-se que seja o senhor de todas as
aranhas. Além disso, as gigantes e inchadas aranhas
roxas de Leng foram criadas para serem seus filhos
e servos.
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Mensagem  Neo Sáb Set 22, 2012 3:52 pm

Mi-Go
Os Fungos de Yuggoth

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Eram seres rosados de um metro e meio de largura, com
corpos semelhantes aos de um crustáceo com um par de
barbatanas dorsais, asas membranosas e várias patas
articuladas. No lugar da cabeça tinham uma espécie de
elipsóide coberta por uma multidão de antenas muito
curtas.
As vezes se moviam se utilizando de todas as patas, em
outras, andavam eretas, se erguendo com as patas
posteriores.
Eles são parte animal, parte fungo.
Para um ser humano é praticamente impossível
compreender o funcionamento da mente de um mi-go. O
processo em que ela opera é baseado apenas em causa e
efeito, os mi-go eliminam de sua memória todas
informações desnecessárias retendo apenas aquilo que é
extritamente necessário. Sua mente funciona apenas com
um encadeamento de idéias e é incapaz de operar saltos de
lógica e fazer uso do que nós conhecemos como
criatividade.
As patas dos mi-go possuem pinças com terminações
nervosas que permitem agarrar objetos e realizar trabalhos
manuais delicados e que exigem precisão como, por
exemplo, segurar um bisturi cirúrgico. Os mi-go possuem
uma infinidade de objetos que são manipulados por meio
do tato.
Embora não tenham olhos, eles são bastante sensíveis a
claridade percebendo-a através da pele. Eles procuram
evitar a luz direta do sol saíndo de seus redutos apenas à
noite. Seu mundo, Yuggoth é perpetuamente escuro e eles
não se familiarizam com fontes luminosas naturais ou
artificiais.
A base da cabeça dos mi-go (aquilo que poderíamos
chamar de pescoço) possui uma rudimentar estrutura bucal
arredondada que pode ser alterada cirurgicamente para
permitir comunicação vocal. O som da voz dos mi-go se
se assemelha a um sussurro ou zumbido. Eles não
possuem ouvidos mas captam distorções sonoras através de
ondas. Eles são plenamente capazes de aprender idiomas
humanos e se comunicar dessa forma com interlocutores.
Internamente o corpo dos fungos é muito simples. Eles
não precisam respirar e o sistema circulatório que
transporta uma espécie de linfa transparente por cânulas
finas é bombeado por um coração de dois átrios localizado
no abdomen. O sistema digestivo é muito simplifiado, os
fungos de Yuggoth não são capazes de processar alimentos
terrestres e carecem de comida trazida de suas colônias. Os
alimentos tem a concistência de uma pasta cujos nutrientes
são absorvidos através da aplicação na pele. O sistema
escretor é modificado em indivíduos adultos que reservam
o material a ser descartado em sacos internos que depois
são removidos cirurgicamente.
O sistema reprodutor é atrofiado pela ausência de
motivação sexual. Os fungos são naturalmente
hermafroditas e sua reprodução é assistida com material
genético recolhido e processado em laboratórios.
Curiosamente esse procedimento é realizado em
cerimônias de cunho religioso devotadas a Shub-
Niggurath.
Depois de ser colhido, o material genético na forma de
ovos é estocado em grandes tanques com líquido seminal e
estimulado artificialmente. As crias se desenvolvem nesses
tanques incubadoras até atingirem a juventude (o que leva
alguns anos terrestres). Nesse momento a pupa é retirada
do tubo e permance agarrada a indivíduos de uma casta
específica que servem de babás. Os filhotes permanecem
dessa forma até o aparecimento das asas que marca a
entrada na idade adulta.
Os mi-go emanam um odor característico descrito como
frutos apodrecidos e quando estão próximos, seres
humanos podem sentir a tênue vibração atômica de seus
corpos. Esse efeito causa uma sensação inquietante nas
pessoas.
A estrutura atômica dos mi-go tende a se decompor
completamente quando o indivíduo morre. Com o cessar
das vibrações os restos começam a sofrer um acelerado
processo degenerativo que culmina com a dissolução total
poucos minutos após a morte.
A avançada medicina dos mi-go é usada para construir
diferentes castas ocupacionais com suas especificidades,
incluíndo soldados, operários e cientistas, cada qual com
suas características próprias. Soldados por exemplo,
tendem a ser maiores e com garras mais desenvolvidas,
operários possuem um abdômen maior e braços vestigiais
mais fortes para carregar peso e assim por diante.

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Mensagem  Neo Sáb Set 22, 2012 3:53 pm

Dhole
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"A terra fervilhava de gigantescos dholes.
Abaixo de seus pés o chão tremia com o movimento dos
gigantescos Dholes, e no momento em que ele olhou, um
deles se ergueu do solo a centenas de metros como uma
torre que arranha as nuvens."

Os Dholes são vermes gigantescos com uma coloração
pálida que pode variar de um branco leitoso, passando por
um tom arroxeado até um marrom castanho.
O corpo dos Dhole é anelídeo como o de um verme
terrestre, dotado de protuberâncias espinhosas que auxiliam
seu deslocamento subterrâneo.
A pele é grossa com uma consistência semelhante a
borracha rígida e muito resistente.
Ao se mover, o corpo inteiro se contorce em um espasmo
coordenado, impulsionando o avanço a medida que escava
milhares de metros cúbicos de terra, solo e rocha em
instantes. Dessa forma, Dholes podem cruzar distâncias
consideráveis em poucas horas. O corpo do Dhole é
coberto por uma resina mucosa semelhante a um óleo
mineral que permite a ele deslizar com mais facilidade em
terrenos abrasivos.
Esse óleo de coloração amarelada é secretado por
cavidades semelhantes a poros, distribuídas pelo corpo.
Ao se mover o Dhole secreta essa substância ficando
totalmente coberto por ela, deixando um rastro após a sua
passagem. A substância é aderente, semelhante a cera de
abelha e exala um cheiro potente de terra. Ela se dissolve
depois de algumas horas em contato com agentes
aeróbicos e mais rapidamente se exposta a luz solar.
A gosma não é especialmente tóxica, mas sua ingestão
causa poderosas alucinações semelhantes às experimentadas
pelo consumo de mescalina. Tribos de Tcho-tcho que
habitam as Terras dos Sonhos usam essa subtância em
seus ritos de passagem. Os Dholes são capazes de
regurgitar uma enorme quantidade macerada dessa
substância em sua cavidade bucal. Essa gosma pode ser
cuspida até vários metros de distância com grande
violência a fim de envolver um alvo por completo.
Indivíduos atingidos raramente sobrevivem a menos que
estejam protegidos em alguma estrutura suficientemente
resistente.
Essas criaturas são virtualmente imortais, não há notícias
de Dholes que tenham morrido por idade avançada.
Contudo, acredita-se que indivíduos ao chegarem a uma
determinada etapa de suas existências (o que pode
equivaler a milhões de anos terrestres) se retiram para a
Terra dos Sonhos. A forma de reprodução também é
desconhecida, mas se dermos créditos aos boatos de que
Dholes e Cthonians são parentes distantes, é provável que
eles também sejam ovíparos. Contudo não se tem notícia
de ovos de Dholes.
Dholes raramente são encontrados na Terra, mas podem
ser vistos no equivalente a Terra existente no Mundo dos
Sonhos. Lá, vivem no mítico Vale Pnath um vasto deserto
coberto de ossos e são temidos como predadores
implacáveis.
Dholes extraem alimentos ao varrer estratos do solo
arrastando para seu estômago uma enorme quantidade de
microorganismos. É irônico que um animal de tamanho
tão absurdo obtenha seu sustento de organismos
diminutos, mas aparentemente é isso o que ocorre. O
sistema digestivo dos Dholes é extremamente lento e pode
levar séculos para decompor todos os organismos por ele
absorvidos.
Dholes não carecem de água ou de outros líquidos e não
são adaptados para sobreviver em grandes volumes de
água, por essa razão eles se mantém afastados de oceanos,
lagoas e rios. Talvez por isso, Dholes raramente são vistos
na Terra a não ser quando invocados através de feitiços ou
portais dimensionais. Mesmo assim sua permanência é por
pouco tempo e sempre acabam causando terremotos.
O fato dos Dholes surgirem misteriosamente em planetas
onde sua existência era até então desconhecida sugere que
essas criaturas são capazes de migrar de alguma maneira. A
capacidade de abrir portais dimensionais não é descartada.
Há também a possibilidade de que os Dholes sejam de
alguma forma conectados a Shub-Niggurath e que esse
Deus Exterior realize seu transporte de um mundo para
outro. A característica mais notória dos Dholes é seu
tamanho descomunal, mas há relatos de espécimes
consideravelmente menores que se instalam na caixa
torácica humana se alimentando do sangue e os dejetos
destes sere podem tem um efeito colateral benéfico que
inibe o processo natural de envelhecimento. Esse talvez
seja o método usado pelos Faraós do Egito para obter vida
eterna.
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