Via Sinistrae
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Comemorando o Samhain

Ir para baixo

Comemorando o Samhain Empty Comemorando o Samhain

Mensagem  sanzo Ter Mar 06, 2012 7:51 pm

Deposite sobre o altar maçãs, romãs, abóboras e outros frutos do fim do outono. Flores outonais
como Madressilva e crisântemos também são indicados. Escreva num pedaço de papel um aspecto
de sua vida do qual deseja livrar-se, um sentimento negativo ou um hábito ruim, doenças. O
caldeirão deve estar presente no altar. Um pequeno prato com o símbolo da roda de oito aros
também deve estar presente. Antes do ritual sente-se em silêncio e pense nos amigos e nas pessoas
amadas que não mais estão entre nós. Não se desespere. Saiba que partiram para coisas melhores.
Tenha firme em mente que o plano físico não é a realidade absoluta, e que a alma jamais morre.

Prepare o altar, acenda as velas e o incenso, crie o círculo. invoque a Deusa e o Deus. Erga uma das
romãs e com sua recém lavada faca de cabo branco, perfure a casca da fruta. Remova diversas
sementes e coloque-as no prato com o desenho da roda. erga seu bastão, volte-se para o altar e diga;

o Nesta noite de Samhain assinalo sua passagem,
o Ó rei Sol através do poente ruma à Terra da Juventude.
o Assinalo também a passagem de todos os que já partiram,
o E dos que irão posteriormente. Ó Graciosa Deusa,
o Eterna Mãe, que dá à Luz os caído,
o Ensina-me a saber que nos momentos de maior escuridão
o Surge a mais intensa luz.


Prove as sementes de romã; parta-as com seus dentes e saboreie seu gosto agridoce. Olhe para o
símbolo de oito aros no prato; a roda do ano o ciclo das estações o fim e o início de toda a criação.
A venda um fogo dentro do caldeirão, uma vela serve. Sente-se diante dele, segurando o papel,
observando suas chamas. Diga:

o Ó Sabia Lua,
o Deusa da noite estrelada,
o Criei este fogo dentro de seu caldeirão
o Para transformar o que me vem atormentando.
o Que as energias se revertam:
o Das trevas ,luz!
o Do mal, o bem!
o Da morte, o nascimento!


Ateie fogo ao papel com as chamas do caldeirão e jogue-o em seu interior. Enquanto queima, saiba
que o mal diminui, reduzindo-se e finalmente o abandonando ao ser consumido pelos fogos
universais. Se quiser pode utilizar métodos para adivinhar o futuro e ver o passado. Tente regressar
a vidas passada se quiser. Mas deixe os mortos em paz. Honre-os com suas memórias mas não os
chame até você. Libere quaisquer dores e sentimentos de perda que possa sentir nas chamas do
caldeirão. Trabalhos de magia, se necessários podem-se seguir. Celebre o banquete Simples. O
círculo está desfeito.

Alimentos tradicionais

Maças, romãs,torta de abóbora, avelãs, Bolos para os Mortos, beterrabas, nabos, milho, castanhas,
gengibre, sonhos e bolos de amoras silvestres, cerveja, sidra e chás de ervas.

Incensos

Maça, menta, noz-moscada e sálvia.

Cores das velas

preta e laranja

Pedras preciosas

Todas as pedras negras, especialmente azeviche, obsidiana e ônix.

Anéis dos Desejos de Halloween

Vários dias antes do Halloween, faça três anéis de palha ou feno trançado. Pendure-os nos arbustos
fora de sua janela e faça um desejo a cada anel enquanto o pendura. Após isso, não torne a olhar
para os anéis até a noite de Halloween, ou seus desejos não serão realizados.

História do Dia das Bruxas

O Dia das Bruxas é anualmente celebrado. Mas como e quando este costume peculiar se originou ?
É, como alguma reivindicação, um tipo de adoração de demônio? Ou é isto só um vestígio inocente
de alguma cerimônia pagã antiga? A palavra propriamente, "Dia das Bruxas," tem realmente suas
origens na Igreja católica. Vem de uma corrupção contraída do dia 1 de novembro, "Todo o Dia de
Buracos" (ou "Todo o Dia de Santos"), é um dia católico de observância em honra de santos. Mas,
no século 5 DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se concluía em 31 de outubro. O feriado
era Samhain chamado (semeie-en), o Ano novo Céltico.

Uma história diz isto: Naquele dia, todos aquele que houvesse morrido ao longo do ano anterior
voltaria à procura de corpos vivos para possuí-los para o próximo ano. Acreditava-se ser seu para a
vida após a morte, (Panati). Os celtas acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que
permitia que o mundo dos espíritos se misturassem com o dos vivos, (Gahagan).

Naturalmente, o ainda vivos não queriam ser possuídos. Então na noite de 31 de outubro, os aldeões
extinguiriam os fogos em suas casa. Eles iriam se vestir com fantasias e ruidosamente desfilavam
em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam
corpos para possuir, (Panati). Provavelmente, uma explicação melhor de por que os celtas
extinguiram o fogo, era para não desencorajar possessão de espírito, mas de forma que todas as
tribos Célticas pudessem reacender seus fogos de uma fonte comum, o Druidic era mantido em
chamas no Meio da Irlanda, em Usinach, (Gahagan).

Os Romanos adotaram as práticas Célticas como suas próprias. Mas no primeiro século DC, eles
abandonaram qualquer prática de sacrifício de humanos a favor de efígies em chamas.
Como convicção em possuir o espírito, a prática de vestir-se bem como fantasmas, e bruxas
empreendia um papel mais cerimonial. O costume de Dia das Bruxas foi trazido para a América na
1840, por imigrantes irlandeses fugindo da escassez de comida do seu país. O costume de doce ou
travessura não foi originado pelos celtas irlandeses, mas com um novo costume do século europeu
chamado Souling. Em 2 de novembro, Dia de Todas as Almas, primeiros cristãos caminhavam de
aldeia em aldeia pedindo "bolos de alma," pedaços quadrados compreendidos de pão com
groselhas. Quanto mais bolos de alma os mendigos recebessem, quanto mais orações, eles
prometiam dizer rezas em nome dos parentes mortos dos doadores. No momento, acreditava-se que
o morto permanecia no limbo por um tempo depois de morte, e aquela oração, até por estranhos,
dava passagem de uma alma para céu.

Os da vela na abóbora provavelmente vem de folclore irlandês. Como o conto é informado, um
homem chamado Jack, que era notório como um bêbedo e malandro, enganara Satã ao subir uma
árvore. Jack então esculpiu uma imagem de uma cruz no tronco da árvore, prendendo o diabo para
cima a árvore. Jack fez um acordo com o diabo, se ele nunca mais o tentasse novamente, ele o
deixaria árvore abaixo. De acordo com o conto de povo, depois de Jack morrer, ele a entrada dele
foi negada no Céu, por causa de seus modos de malvado, mas ele teve acesso também negado ao
Inferno, porque ele enganou o diabo. Ao invés, o diabo deu a ele uma brasa única para iluminar sua
passagem para a escuridão frígida. A brasa era colocada dentro de um nabo para manter por mais
tempo.

Os nabos na Irlanda eram usados como seu "lanternas do Jack" originalmente. Mas quando os
imigrantes vieram para a América, eles acharam que as abóboras eram muito mais abundantes que
nabos. Então os jack-e-Lanterna na América era em uma abóbora, iluminada com uma brasa.
Então, o Dia das Bruxas foi adotado como favorito "feriado" . Cresceu fora das cerimônias de celtas
celebrando um ano novo, e fora de cerimônias de oração Medievais de Européias.

Um Conto de Samhain

Lyla sentou-se no chão e olhou para o céu claro, limpo e estrelado. O reflexo da Lua cheia na água
fez Lyla pensar numa pérola. Redonda e branca... mas logo as crianças chegaram, e sentaram ao seu
redor, interrompendo seus pensamentos. Sorrindo, Lyla olhou para cada uma deles.

- 'Comecemos? Vou contar para vocês a estória de como o Cornudo se sacrifica todos os anos para
garantir força à Grande Mãe, para que esta possa vencer o frio do Inverno. Estão prontos?' As
crianças acalmaram-se para ouvir Lyla.

- 'Não foi a muito tempo que aconteceu. O Sol sumia no Oeste, e as aves noturnas já deixavam seus
ninhos, umas ameaçando cantar. Debaixo das árvores, correndo para suas tocas, os pequenos
animais apressavam-se, fugindo do frio cortante que se faria presente em pouco tempo. Aquela era a
época do Cornudo, e só as criaturas mais fortes sobreviveriam a inverno tão rigoroso. O Sol baixou,
baixou, até que só se via uma fina linha de separação entre céu e Terra no horizonte, e tudo ficou
avermelhado, com um ar mais mágico. E então, a luz se foi. A Lua estava crescente no céu, e um
vento gelado começou a correr por entre os troncos seculares das árvores. Ouve-se, agora, o som de
uma flauta...som tão límpido e cristalino, que a superfície do lago, antes parada, tremulou ao som da
melodia alegre.

Todos os animais da floresta pararam para ouvir o som da flauta, e mesmo as aves noturnas
cessaram seu canto orgulhoso. E por entre as árvores, a flauta se fez ouvida em toda a floresta. E
mais nada, além do som doce da flauta.

Atravessando o lago, um pouco depois do Grande Carvalho, estava a fonte de tal encantamento.
Sentado numa pedra coberta de limo, balançando ao som da flauta de bambu, um ser robusto, com
tronco e cabeça de homem, pernas cobertas de pêlo, cascos de cavalo e grandes chifres pontiagudos.
Observava a donzela que dançava ao som de sua música, logo à sua frente. Tinha longos cabelos
claros, lisos, que escorriam até a altura da cintura. Os fios sedosos acompanhavam os movimentos
da dança, pés habilidosos moviam-se descalços sobre a grama. A Deusa nunca havia estado tão bela
quanto naquela noite.

Os dois brincavam nus, na noite fria da floresta, e alguns animais se juntavam ao redor da clareira.
Cansada, a Donzela sentou-se, e olhando para o Cornudo, esperou que a música acabasse. Quando o
Deus afastou a flauta de seus lábios, as figuras dos animais e da Donzela desapareceram ... meras
lembranças. A Deusa agora recolhia-se grávida no Mundo Subterrâneo, guardada por seus
familiares, pronta para dar à luz dentro de tão pouco tempo.

Era necessário que o Sol Novo nascesse. O Cornudo levantou-se com tristeza e caminhou até o
lago, para observar seu reflexo. Já estava velho e fraco, mas ainda continha grande energia ...
energia necessária para que a Deusa agüentasse o parto que se seguiria em menos de dois meses. Já
não podia continuar a viver ... a Terra precisava de seu sangue, e o Sol Novo de sua energia.

Um grito ecoou em sua mente: a Deusa sofria. Aquele era o momento certo. O Cornudo olhou para
os céus, e olhando para a mata, despediu-se de sua casa. Tambores rufaram quando Ele ergueu suas
mãos e pronunciou as palavras secretas. Houve uma explosão, e Ele desapareceu.

Aqui, numa clareira nas montanhas, já distante da floresta, ouviam-se os tambores de guerra. Uma
música rápida e repetitiva tornava o ar agressivo. Também com uma explosão, o cornudo surge no
centro do círculo, um olhar decidido em seu rosto.

O Velho Cornudo tinha agora em suas mãos uma adaga ritual, e quando Ele a levantou apontada
para seu peito os tambores cessaram. Cernunnos fechou os olhos, e o momento se fez silencioso ...
aqueles segundos duraram milênios ... O Cornudo levou a adaga a seu peito, e os tambores voltaram
a tocar.

Quando a lâmina fria rasgou a carne do Deus, não houve um grito, sequer um sussurro de dor ...
apenas o som do sangue derramando-se sobre a terra. O Cornudo ajoelhou-se, com calma em seu
olhar. Com as próprias mãos, abriu a ferida para que os espíritos recolhessem o sangue.

Quando o círculo tornou-se silencioso novamente, e todos os espíritos partiram, o Deus deitou e
virou-se para as estrelas, e esperou que a paz voltasse a reinar sobre a floresta. Ainda sentia o
sangue escorrendo para fora de seu corpo, e regando o círculo sagrado em que repousaria para
sempre.

E do solo, ou talvez de lugares além das estrelas mais distantes, elevou-se um cântico, murmurado e
pausado ... talvez fossem as pequenas criaturas do subsolo, ou ainda as estrelas, despedindo-se de
seu Deus.

"Hoof and Horn, Hoof and Horn
All that Dies Shall be Reborn.
Corn and Grain, Corn and Grain
All that Falls Shall Rise Again."

O Cornudo morreu sorrindo, sabendo ser a semente de seu próprio renascimento. E Ele pode sentir
sua energia retornando ao útero da Grande Mãe, que agora deixava de sofrer... Os espíritos, então,
romperam a barreira entre os dois mundos, e caminharam por sobre a Terra, espalhando o sangue e
a força do Deus, para que pudéssemos sobreviver através dos tempos difíceis que se aproximavam.'
Lyla limpou uma lágrima que escorria de seu rosto. As crianças ainda ouviam atentas.

'É por isso que os espíritos vêm ao nosso mundo nessa noite tão escura ... Eles trazem consigo um
pouco do sangue do Deus Cornudo, que só renascerá no Solstício de Inverno. Trazem conselhos,
proteção e promessas de que nos irão guiar durante todo o período escuro do ano. Devemos,
portanto, saudar os espíritos, porque, sem eles, a semente do renascimento não seria espalhada.

Agora vão para a Casa Grande, vamos começar o ritual.'

Lyla deixou que as crianças corressem na frente em direção à Casa Grande. Parou no meio do
caminho, e deixou que seus ouvidos escutassem os sons do além. E de algum lugar chegou aos
ouvidos de Lyla um cântico... 'Hoof and Horn, Hoof and Horn...'

E Lyla caminhou para a Casa Grande.

Alguns bruxos ainda insistem em comemorar a Roda do Ano pelo hemisfério Norte. Isso porém
torna-se totalmente sem sentido, já que a Roda marca os ciclos da Natureza. Porém a escolha
depende somente de você.

***************************************************************************

Obs: Não é muito a minha linha, mas conhecimento deve ser compartilhado, e para quem curte é um bom texto.
sanzo
sanzo
Iniciado na Arte
Iniciado na Arte

Mensagens : 48
Data de inscrição : 09/12/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos