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Santeria

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Mensagem  Lucrécia Ter Set 11, 2012 2:47 am

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História


A santeria foi criada em Cuba pela mistura das tradições Iorubá trazida por escravos africanos da Nigéria e do Benin com a fé católica dos latifundiários escravagistas, seu nome significa "caminho dos santos". Como todo e qualquer regime escravagista, a primeira medida a ser tomada foram as tentativas de converter os africanos e assim como em todos os regimes, essa imposição foi burlada pela falsa conversão e pelo sincretismo religioso por parte dos negros. Eles continuaram a praticar seus rituais próprios, agora com uma roupagem cristã afim de não perderem suas raízes e mesmo depois da libertação, a Santeria continuou crescendo e se expandindo inicialmente para a população pobre e mais tarde para a classe média.

O que aconteceu depois foi notável:

… em Cuba, a Igreja Católica foi tolerante com as tradições étnicas e até permitiu vários grupos Africano para criar suas próprias "associações”, que ficaram conhecidas como Cabildos.

Os Cabildos de Nación (Cabildos de nação) foram associações étnicas africanas criadas em Cuba no final dos anos 1500 com base nas confrarias (guildas ou fraternidades) espanholas, que foram organizadas em Sevilha, pela primeira vez por volta do século XIV e também organizações religiosas sob a liderança secreta do babalaô – o funcionário religioso cujo patrono era a divindade Orunmilá, a divindade do oráculo iorubá.

Os Cabildos tinham como patrono um Orisha e além de serem um centro de lazer, também eram usados como terreiros. A primeira cabildo em Cuba era chamada Cabildo Shango e foi criada em Havana em 1568.

O contato entre a religião Africano eo catolicismo em Cuba produziu uma síntese conhecido como Santeria houve uma simbiose forte entre o sistema sacramental católico e que a religião tradicional africana. Sob a gestão dos Oriate (Sumo Sacerdote Santero), o calendário católico foi sabiamente utilizado para a veneração dos deuses africanos.

Hoje em dia essa prática também ganhou outra conotação, ao invés de Orishas muitos terreiros de Santeria trabalham também com "demônios", seres de vibração mais baixa que um Exú mas mais fraco que um daemon de hierarquia alta.

Princípios Básicos

Donos de uma teologia completa, uma completa mentalidade metafísica, uma tradição ancestral elaborados e muitos rituais, a Santeria é uma religião de mistérios iniciados à semelhança dos célebres mistérios de Elêusis que se celebravam na Grécia da antiguidade, mas com a diferença que aqueles segredos que se perderam por ser tão bem guardados, sobrevivem por milénios relativamente com poucas mudanças. A maneira de aclarar, apesar do nome popular como é conhecida, a Santeria não consiste num culto a santos católicos.

Os Orishas são as divindades dos Yorubas, e a palavra “santo” é só utilizada devido a conveniência e a familiaridade. Contudo, a Santeria acredita em um único Deus com a diferença de que só podemos nos comunicar com eles através dos Orishas. Muitos Santeros, conhecem Deus como Olorún (Dono dos Céus) ou como Olodumaré mas cada religião pode alterar a nomenclatura.

Ao contrário das seitas afro - brasileiras, a santeria classifica como Egun os ancestrais o que pode ser entendido como um sincretismo aos Loas haitianos. Toda a cerimónia começa com um aviso de orações aos antepassados, os dois anciãos da religião que já passaram e os antepassados ​​do indivíduo. Uma pessoa pode ter vários Eguns diferentes, não necessariamente parentes, que o acompanham e atuam como guias espirituais. Algumas pessoas também são possuídas pelos Eguns. Tal como acontece com os Orixás, o Egun vêm para validar o que está acontecendo e se comunicar com o encontro. O Egun vem mais frequentemente durante as missas espiritual. Estas missas têm mais a ver com os cristãos do que com o Espiritismo Africano, as raízes da Santeria, e nem todos Santeros realizam essa cerimônia . O Egun também vem durante as festas de celebrações dedicadas a eles. Estas celebrações tradicionalmente usam tanto o Cajon (uma caixa de madeira) ou guiro (atabaques e shekeres).

Rituais


Existem vários níveis de iniciação na religião. O primeiro nível consiste em receber um ou mais colares nas cores do Orishas. O segundo nível envolve a receber um ou mais Orishas, ​​normalmente os guerreiros (Elegua, Ogun, Ochosi, Osun) ou Olokun (o orixá das profundezas do oceano). O terceiro nível envolve ter a cabeça lavada a um orixá particular(raspar a cabeça aqui no Brasil). Esta cerimónia é geralmente um precursor para a recepção de OCHA. O iniciado é "coroado" numa complicada série de cerimónias que envolvem toda uma comunidade de Santeros. A OCHA é presidida por um Oba, ou Oriate, ou seja o sumo sacerdote da Santeria, quem tem o conhecimento de todas as cerimónias e os segredos da religião. Ao terceiro dia após o início das cerimónias, o sacerdote recém-coroado, chamado de Iyawo, é apresentado ao “bata” (tambores sagrados) e a comunidade. O iniciado está vestido com uma roupa tradicional em cetim nas cores do Orixá coroação. Em seguida, o akpon (vocalista) canta um ciclo completo de músicas do Orisha para Deus saber, através dos tambores sagrados, todas as cerimónias que o iniciado tenha sido submetido. Após a iniciação, o Iyawo devem vestir-se de branco durante um ano. Para os três primeiros meses, as mulheres usam um xale em público e homens usam calças compridas e mangas compridas. As refeições são comidas num tapete no chão. A cabeça do Iyawo é sempre coberta, para proteger a coroa delicada. Iyawos não deve beber ou ficar fora depois de escurecer. A vida Iyawo deve ser tão tranquila quanto possível. Em essência, o Iyawo é um bebê, e é tratado como tal pela comunidade.

  • Bembé


Um ritual importante é um Bembe. Esta cerimônia convida o orixá se juntar à comunidade com o uso de tambores, cantoria e danças.

O Orixá pode apenas se fazer sentir pelos presentes ou pode incorporar em um dos iniciados, fazendo danças e passando mensagens, fazendo trabalhos, etc.

  • Sacrifício


Sacrifício de animais é fundamental para a Santeria e o animal é sacrificado como alimento ao Orishá. Ao contrário dos cultos brasileiros, a Santeria usa os animais sacrificados não para alimentar as entidades com sangue ou com a energia de morte, mas sim como uma imolação bíblica.

Os seguidores de um Orixá pode oferecer alimentos e animais sacrifício para eles, a fim de construir e manter um relacionamento pessoal com o espírito. O processo não só traz o adorador mais perto de seu orixá, mas torna-os mais conscientes da presença do orixá dentro deles. Este é um processo mútuo, a comida é essencial para o Orishas apesar deles também serem alimentados por outras formas de adoração e louvor. Sacrifícios são realizadas para os eventos da vida como nascimento, casamento, morte além de também serem usados ​​para a cura.

Animais para o sacrifício incluem galinhas (o mais comum), pombos, patos, porquinhos da índia, cabras, ovelhas, e as tartarugas.

Os 16 Conceitos da Santeria - Por Osvaldo Shangó

Os 16 Mandamentos que a seguir irão estudar são os conceitos básicos em que se apoia a moral e a ética de nossas práticas. Todo o Sacerdote e crente ou praticante, que se considera responsável e maduro estão no dever de cumprir na totalidade todos as normas que foram estabelecidas por Olofi, nos inícios, para os praticantes da fé yoruba.



Vos peço, que considerem e meditem com a mais absoluta seriedade e disciplina no seguinte escrito. Todo o que se esteja ligado a estes 16 CÓDIGOS OU CONCEITOS não se inclui no sagrado mundo místico de nossas práticas, por então, quem os incumpra se exclui a si mesmo da energia protetora destinada para os crentes e iniciados. Cada qual e responsável da sua vida e os resultados que recebe são de seus próprios atos.


Como não somos perfeitos, sugerimos que você deva inclinar a continuar infatigavelmente lutando por superar nossas debilidades e misérias, para que o crescimento conseguido de esta luta nos ajude a encontrar soluções, que, as vezes, ano chegam com a prontitude como desejamos. A resposta está em nos próprios. Não deites a culpa aos demais, nem apontes com o dedo aos outros comprometendo como culpáveis de teus próprios erros. A solução sempre estará em cada individualidade.

Nunca a deves procurar exteriormente, nem penses que a vida a tua volta e responsável de tuas caídas. No início do tempo Oloddumare prometeu uma vida longa aos crentes e praticantes da fé yoruba. Para isso estabeleceu, como promessa para os que dele se acercavam, mas estabeleceu suas regras para que seu compromisso fora um feito invariável. Os 16 Maiores (Sacerdotes Yorubas) andavam por Ilé Ifé, pedindo uma vida longa na terra: “ viveremos uma vida tão longa como nos prometeu Oloddumare?.

O oráculo sagrado contestou: Para viver uma vida em harmonia, paz e com saúde, deverão cumprir os 16 Mandamentos Yorubas:

1 - Não digas o que não sabes, nem informes o que desconheces.
2 - Não faças rituais nem cerimonias dos que não tenhas o conhecimento básico.
3 - Não desorientes e nem leves por falsos caminhos as pessoas que se aproximam em busca de ajuda.
4 - Não se deve enganar a nenhuma pessoa. Não mintas nem prejudiques a integridade de teu semelhante.
5 - Não pretendas ser sábio quando ainda não sejas. Disciplina teu crescimento pessoal.
6 - Deves ser humilde, libertar-te do egocentrismo e evitar o protagonismo.
7 - Não tenhas mas intenções nem tornes falso com os demais.
8 - Não rompas as proibições que te tenham ensinado nas regras de teu Itá. Não fales os segredos da cerimónia reservados unicamente para os iniciados.
9 - Os instrumentos sagrados devem manter-se limpos. Não deves tocá-los quando tenhas feito sexo ou tens algum pensamento indigno de um crente.
10 - Deves manter a tua Casa Templo limpa e exemplar. Dá o teu exemplo.
11 - Deves respeitar sempre os que são mais débeis e tratá-los bem e com muito respeito.
12 - De veras respeitar e tratar muito bem aos nossos maiores e anciões.
13 - Respeita as leis morais. Não cometas infidelidade nem adultério. Não ambiciones a mulher do teu próximo.

14 - Nunca atraiçoes um amigo, nunca atraiçoes a quem te tenha esticado a mão ou que tenha sido bom contigo no passado e sempre.
15 - Não fales mais que o devido, evita os falatórios nem reveles os segredos ditos por alguém.
16 - Respeita integralmente aos que tem cargos importantes. Mesmo o respeito mútuo deverá conservar-se.

Mas quando os Maiores (Ogboni) chegaram a terra começaram a fazer todo ao contrário e então começaram a morrer uns atrás dos outros. Gritaram e acusaram a Orula de assassinato.

Orula respondeu-lhes com firmeza: "No sou eu quem vos está matando. Os Maiores estavam morrendo porque não cumpriram com os 16 Mandamentos Yoruba. A habilidade de comportar-se com honra e obedecer aos Mandamentos e responsabilidade de todos.

Em direcção contraria NÃO SE PODE ADIVINHAR, as vezes surge um líder inesperadamente que não está dentro do regulamento".

Estes 16 Mandamentos não se estabeleceram para ser cumpridos unicamente pelos representantes dignitários, (Iniciados) senão para todos os crentes e praticantes da religião Yoruba. O anterior escrito foi considerado a partir de um Informativo Geral da Sociedade Yorubá em Cuba.

Bibliografia: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]; [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] e Wikipédia.




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