Mandala - Origem, Criação e Aplicação prática

Origem

A mandala mais antiga talvez tenha sido o impacto da queda de algum meteorito num mar primordial. Temos que reconhecer que a Mandala é mais velha do que todos nós. É tão velha quanto a existência do mundo, tão antiga quanto a criação. Todos os nossos cientistas contam que o mundo começou com uma grande explosão.

O mais espantoso, no entanto, é que a tradição hindu, há milênios, já tinha conhecimento da expansão de nosso universo a partir daquela grande explosão. E eu pergunto: será que a imagem deste estouro não foi a configuração de uma mandala?

Observando outros mitos da criação, nos deparamos sempre com a mesma coisa, só que com outras palavras, o que não nos deve surpreender, pois, apesar das muitas linguagens, é que sempre há é somente uma verdade.

Para o hindu, era o som. Já no evangelho de São João, lemos: "No princípio era o Verbo". Em outros mitos, tudo começa com a luz. Ocorre que, com cada centelha divina se criam novas formas de mandalas. Encontramos as Mandalas nas rosáseas das grandes catedrais góticas, tanto como imagem ou como símbolos. Os construtores desta época utilizavam a mandala porque acreditavam não existir outro meio de representar o caráter ciclíco da criação e da união da transcendência do ponto central da rosácea. Como exemplo temos a rosásea da catedral de Notre Dame em Paris e muitas outras que se encontram espalhadas por este grande universo.

De fato, é na arquitetura que a estrutura mandálica de projetar os quatro horizontes nas quatro direções cardeais, a partir de um centro, ocupa um dos papéis mais importantes. Esses focos são sempre o centro do mundo, representando, cada um a seu modo, uma imagem do universo como um todo. Independentemente de sua extensão, a Palestina ( uma região ), Jerusalém ( uma cidade) e o templo de Jerusalém ( um santuário) representam cada um o centro do mundo, a imagem do universo.

Na verdade, o nosso mundo, seja qual for ele, encontra-se sempre no centro: uma idéia antiga que, no decorrer dos séculos, teve desvirtuado o seu verdadeiro sentido, a ponto de não permitir a aceitação de que a Terra não era o centro do cosmos.

As cidades medievais eram circundadas de muralhas mais ou menos circulares. Apresentavam uma estrutura mandálica, cujo modelo era fornecido por Jerusalém. Roma tinha vias principais que a dividiam em quartos que levavam a quatro portões; a Jerusalém Celeste também era quadrada e suas muralhas comportavam quatro lados, só que com três portões cada um. Alguns autores associam as 12 portas ( ou portões aos doze meses do ano ou aos 12 signos do zodíaco, deduzindo daí que o símbolo representa uma conversão espacial de um ciclo temporal.

Curiosidade: Algumas mandalas datadas da época das invasões bárbaras foram encontradas na Escandinávia, estranhamente, ao contrário das mandalas normais, era assimétricas e geralmente pintadas com sangue e adornadas com ossos.

Como construir uma mandala requer o conhecimento de uma série de detalhes sobre a mesma, como por exemplo, sua simbologia.
A mandala em si representa o universo e seu centro. Em seu centro todas as forças cósmicas se encontram criando um tipo de ligação com o plano do criador. Diz-se que é possível falar diretamente com Deus ao se meditar fazendo o uso da mandala.
Pra criarmos a mandala, não basta só desenhar. Devemos sentir cada traço feito, como se estivéssemos desenhando em nosso próprio corpo. A mandala passa a ser uma parte de nós e enquanto é criada tem seu propósito impresso nela de acordo com a vontade do magista.

Primeiramente, fazendo o uso de um pêndulo para demarcar o centro da mandala e a circunferência da mesma, traçamos um círculo vazio com lápis, areia colorida ou sal. Esse círculo vazio é o seu microcosmos, agora você também é um Deus com um imenso universo vazio para criar coisas. Sente-se no meio dessa mandala e medite profundamente, aos poucos as configurações e as cores aparecerão em sua mente, geralmente girando lentamente.

Abra os olhos e deixe que sua mão e sua memória o guiem, se estiver a fazer a mandala com um lápis concentre-se primeiro nas configurações e em sua simbologia para você e depois pense nas cores que darão a força para as realizações.
Lembre-se, cada quadrante deve ser marcado mentalmente e deve ser consagrado a um Deus ou entidade apolar e deve ser colorido de acordo com a entidade escolhida.

Após a mandala estar pronta e sua energia e vontade devidamente impregnados nela, coloque-a sob a luz da lua para ativá-la.

Aplicação da Mandala

Por ser o seu microcosmos, a mandala freqüentemente é usada para auxiliar na meditação ou até mesmo na criação de servos astrais. Mas também pode ser usada como adorno para templos, uma vez que traria para o ambiente uma foret ligação entre o plano astral e o plano físico, sendo assim muito recomendadas para se colocar transposta ao círculo de proteção e até mesmo ao círculo que fica dentro do triângulo.

Sua destruição também é útil para aqueles que buscam uma certa transformação. Em alguns ritos de passagem do Tibet, os monges fazem um mandala e a destroem depois como se estivessem reorganizando seus microcosmos interiores a fim de poder criar tudo de novo de acordo com o que aprenderam até aquele momento.

No nosso caso, podemos usar essa destruição como uma forma de romper nossa ligação com as entidades presentes na mandala ou até mesmo laços afetivos com pessoas. A destruição dos sentimentos "inúteis" torna o magista em si mais maduro e capaz de encarar a vida sem sustos.

Certos, magistas também costumam utilizar mandalas para aprisionar espíritos, banindo-os para sua mini dimensão criada e mantendo-o lá com a ajuda da energia das entidades presentes na mandala.

Destruição da mandala

A destruição da mandala se assemelha com a destruição de um selo de entidade. Você primeiro deve pedir permissão as entidades e logo pós destruir QUADRANTE POR QUADRANTE na mesma ordem com a qual as consagrou. Cada vez que destruir uma área, deve sentir a energia que foi impressa ali se dissipando para o ambiente e jamais voltando para você.
Por essa última linha que é altamente recomendável o uso de proteções contra energias magnéticas.

Ao destruir toda a sua mandala, deve agradecer as entidades por tudo e esquecer completamente daquele desenho.


Para terminar, toda o resto utilizada na construção é recolhida e lançado à água. Este procedimento simboliza a transcendência da vida naquele momento.

Muito bom tópico, uma mandala pode ser usada também como selo pessoal, consagrando-a a si mesmo de forma a criar uma representação simbólica de si caso queira fornecer esse tipo de material a alguém ou personalizar algum objeto pessoal importante.

Saudações Lucrécia, adorei seu texto.

Pessoalmente prefiro mandalas de cristais.









São só exemplos meus caros.

paz e luz

As de cristais são lindas, pena que você não é daqui do Brasil, se não eu tinha te levado pra feira de ocultismo que teve aqui no RJ. Tinha um stand que a galera de lá tava fazendo um tratamento de energização justamente usando as mandalas de cristal. Particularmente, também acho as de cristal lindas, mas prefiro as feitas de areia colorida.

Lucrécia escreveu:As de cristais são lindas, pena que você não é daqui do Brasil, se não eu tinha te levado pra feira de ocultismo que teve aqui no RJ. Tinha um stand que a galera de lá tava fazendo um tratamento de energização justamente usando as mandalas de cristal. Particularmente, também acho as de cristal lindas, mas prefiro as feitas de areia colorida.

Tenho pena sim Lucrécia. Quem sabe um dia...

Areia? Passa umas pra mim pra eu ver.

Lancelot

(falta aqui o boneco fumando charuto)

Diz que não são lindas! *--*

Lucrécia vc têm paciencia para fazer uma dessas?

EU cá não!

Mas são lindas sim

1 - Lance, meus únicos pecados nessa vida são a preguiça e o egoísmo com chocolate xD
2 - Andarilho, foi esse final de semana lá no Monte Líbano na Lagoa. Vai ter outra em Julho, mas é em São Paulo. Não tava dando nada pela feira, mas foi maneira para caramba no fim das contas. O nome é Mystic Fair! Joga no google que eles tem site.